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Fazendas de MS entram na nova "lista suja" do trabalho escravo

06 outubro 2025 - 16h30Danielly Carvalho

O Ministério do Trabalho e Emprego (MTE) divulgou uma nova atualização da chamada “lista suja” do trabalho escravo, que reúne empregadores flagrados explorando trabalhadores em condições degradantes. Nesta edição, 13 fazendas de Mato Grosso do Sul foram incluídas no cadastro, totalizando 100 pessoas resgatadas em situações análogas à escravidão.

Com as novas inclusões, o Estado soma agora 25 propriedades listadas, ocupando o terceiro lugar no ranking nacional, atrás de Minas Gerais, com 33, e de São Paulo, com 19. As fazendas sul-mato-grossenses citadas na atualização estão localizadas em Corumbá, Bonito, Caracol, Ribas do Rio Pardo, Nova Andradina e Porto Murtinho.

Corumbá lidera os registros dentro do Estado, com quatro propriedades inseridas na nova relação. Em uma delas, 16 trabalhadores foram encontrados em condições precárias. Somando as duas últimas atualizações, o total de resgatados em Mato Grosso do Sul chega a 199.

No país inteiro, 159 empregadores foram adicionados à lista, o que representa um aumento de 20% em relação à última divulgação. Desse total, 101 são pessoas físicas e 58 empresas. As ocorrências registradas ocorreram entre 2020 e 2025, abrangendo 22 unidades da Federação.

Os nomes permanecem no cadastro por dois anos, mas uma portaria publicada em julho de 2024 criou a possibilidade de retirada antecipada ou até mesmo de não inclusão. Para isso, o empregador deve firmar um termo de ajustamento de conduta (TAC), comprometendo-se a indenizar as vítimas com, no mínimo, 20 salários mínimos e a investir em programas de apoio aos trabalhadores resgatados.

Quem adere ao TAC passa a integrar o Cadastro de Empregadores em Ajustamento de Conduta, mas pode voltar à “lista suja” se descumprir o acordo ou reincidir nas práticas abusivas.

Criada em 2004, a “lista suja” é considerada uma ferramenta essencial no combate ao trabalho escravo contemporâneo. Apesar de ter sido suspensa durante parte dos governos Michel Temer (MDB) e Jair Bolsonaro (PL), sua divulgação foi restabelecida após o Supremo Tribunal Federal (STF) confirmar sua constitucionalidade.*Com informações do site Campo Grande News.

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