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Em nota Azambuja nega receber propina da JBS e se põe a disposição da justiça

19 maio 2017 - 18h15Sylma Lima
Azambuja nega as acusações. Foto: Arquivo Capital do Pantanal

Foi publicado no final da tarde desta sexta-feira,19 de Maio, uma nota assinada pelo governador do estado de Mato Grosso do Sul sobre citação de seu nome em esquemas de pagamentos de propinas em troca de incentivos fiscais. O delator, empresário sócio do  frigorífico (JBS)  Wesley Batista disse à justiça que o esquema teria começado no governo do petista José Orcírio Miranda dos Santos , o Zeca do PT, e que de lá para cá não parou de pagar 'propina' aos governos sucessores. Azambuja confirmou ter recebido recurso para o partido , PSDB, e que outros valores nunca foram aceitos. Confiram a nota na íntegra:

Compromisso com a verdade

Tendo em vista a delação do empresário Wesley Batista em que meu nome é citado, e em respeito ao povo de Mato Grosso do Sul, faço os seguintes esclarecimentos:

O empresário Wesley Batista apresentou em sua delação premiada suposições de fraude envolvendo cinco termos de acordo de incentivos fiscais com o Estado de Mato Grosso do Sul, dos quais apenas um foi assinado em minha gestão;

Esclareço que referido termo assinado em minha gestão teve como objeto investimentos para ampliação e geração de novos empregos em diversas unidades frigoríficas em Mato Grosso do Sul, conforme legalmente estabelecido pela política de incentivos estadual;

Em relação à declaração de que recebi aproximadamente R$ 10.000.000,00 (dez milhões de reais) dos empresários, informo que o valor exato é de R$ 10.500.000,00, (dez milhões e quinhentos mil reais) repassados pelo PSDB nacional e que constam regularmente declarados na prestação de contas eleitoral de minha candidatura em 2014;

Ressalto que a transparência na gestão pública é meu compromisso com o povo sul-mato-grossense, comprovado pela última avaliação da CGU que colocou Mato Grosso do Sul com nota 10 em transparência, sendo o Estado que mais evoluiu nesse quesito em todo o país;

Apoio integralmente às investigações, e me coloco à disposição para apresentação de todo e qualquer documento ou esclarecimento que contribua com a elucidação total dos fatos;

Por fim reforço que qualquer outra alegação de fatos ilícitos envolvendo meu nome e a empresa JBS não condiz com a verdade, e será devidamente comprovado.

Campo Grande – MS, 19 de Maio de 2017.

Reinaldo Azambuja Silva

Governador do Estado de Mato Grosso do Sul

 

Delação

Depoimento do empresário Wesley Batista, sócio do grupo J&F, no âmbito da Lava detalhou esquema que a JBS estava envolvida em Mato Grosso do Sul para pagamento de propina. A delação foi homologada pelo ministro do Supremo Tribunal Federal (STF), Edson Fachin, relator do processo na Corte. Fachin suspendeu o sigilo dos documentos hoje.

Wesley Batista afirma na delação que para a empresa obter benefício no Imposto sobre Circulação de Mercadorias e Serviços (ICMS), era obrigado a arcar com 20% do valor devido como propina. Essa ação de corrupção passou a ser tratada quando José Orcírio de Miranda, o Zeca do PT, ainda era governador, segundo o empresário.

Zeca assumiu em 1999 e ficou no comando do Executivo estadual por dois mandatos, ou seja, até final de 2006. "Esse esquema começou quando o Zeca do PT foi eleito, não me recordo a data. No início de 2000, por aí se não me falha a memória. Começou com ele", delatou.

Conforme Wesley, o mesmo tipo de pagamento prosseguiu até final do ano passado, envolvendo também os mandatos de André Puccinelli (PMDB) e Reinaldo Azambuja (PSDB).

"Mato grosso do Sul é um esquema de benefícios fiscais para redução da alíquota do ICMS. Esse esquema começou quando o Zeca do PT foi eleito", disse. "Esse modus operandi no Mato Grosso ficou até agora final do ano passado", relatou.

Ao explicar como funcionava o pagamento, ele afirmou que quem tratava diretamente era seu irmão, Joesley Batista, o mesmo que fez gravações envolvendo pagamento de "cala boca" a Eduardo Cunha acertado com o presidente Michel Temer.

"(O acordo era) De acerto de pagamento de propina em troca de redução de pagamento de ICMS no estado. Isso era com o Joesley, começou com o Joesley. Em 2003, onde foi acertado 20% do benefício de redução de ICMS em contrapartida de pagamento de propina", explicou.

Versões

A assessoria do ex-governador André Puccinelli, que já é investigado na Operação Lama Asfáltica pela Polícia Federal no Estado, informou que ele não se manifestaria sobre as acusações.

A assessoria de imprensa de Zeca do PT enviou nota por email. O deputado federal refutou qualquer acusação. "Resta desafiado que seja apresentado qualquer prova ou indício do fato aludido na referida delação", informou. (informações do jornal Correio do Estado de MS)

 

 

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