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Dia Mundial do TDAH: especialista fala sobre sintomas, diagnóstico e tratamento

De acordo com a Associação Brasileira do Déficit de Atenção (ABDA), o número de casos de TDAH variam entre 5% e 8% a nível mundial

13 julho 2024 - 10h25Redação do Capital do Pantanal

13 de julho é o Dia Mundial do Transtorno de Déficit de Atenção com Hiperatividade (TDAH), um distúrbio neurobiológico caracterizado por três sintomas principais: desatenção, hiperatividade e impulsividade. De acordo com a Associação Brasileira do Déficit de Atenção (ABDA), o número de casos de TDAH variam entre 5% e 8% a nível mundial.

O transtorno não tem uma causa única definida, mas fatores genéticos (hereditários) estão presentes com frequência. “A data tem como objetivo aumentar a conscientização sobre o problema, que aparece na primeira infância e está ligado a alterações no desenvolvimento, que podem levar a déficits nas vidas pessoal, social, acadêmica e profissional”, diz Filipe Colombini, psicólogo parental e CEO da Equipe AT. 

Quais os sinais de que a criança pode ter TDAH?

Segundo Colombini, alguns dos principais indícios incluem:

  • Dificuldade extrema de concentração (em tarefas, atividades de lazer) e no planejamento e execução de atividades;
  • Esquecimento de compromissos e tarefas;
  • Comportamentos de evitação em tarefas que exigem esforço mental prolongado;  
  • Sai do lugar na sala de aula ou em situações em que se espera que fique sentada;
  • Corre de um lado para o outro ou sobe em móveis e objetos em situações em que isso é inapropriado;  
  • Responde às perguntas de forma precipitada (antes de elas terem sido concluídas);  
  • Inquietação e dificuldade de autocontrole;
  • Tendência a agir sem pensar nas consequências, o que pode levar a comportamentos de risco;
  • Interrompe os outros ou se intromete (conversas, jogos etc.).  
  • Não pára ou está “em estado de aceleração” constantemente; 

Diagnóstico e tratamento

O diagnóstico do TDAH é geralmente feito durante a infância, especialmente no período escolar. “Os profissionais da escola percebem os sinais e são eles que costumam alertam a família”, diz Colombini.  “Não existem exames laboratoriais para o TDAH, mas uma avaliação neuropsicológica e exames clínicos sobre aspectos do comportamento e desenvolvimento são muito úteis para que médicos e psicólogos possam estabelecer um diagnóstico”, conclui.

O tratamento do transtorno é multidisciplinar e envolve consultas com psiquiatras ou neurologistas infantis, além do uso de medicamentos e intervenções comportamentais, sob a supervisão de psicólogos e pedagogos. 

Conhecido como AT, o Acompanhamento Terapêutico é uma das modalidades de terapia indicadas para pacientes com TDAH. “O AT tem como proposta oferecer sessões terapêuticas fora do consultório. Isso costuma dar ótimos resultados porque a flexibilidade do atendimento permite acompanhar o paciente durante os estudos e demais momentos de sua rotina, identificando os gatilhos que levam à desatenção e agitação”, esclarece o especialista. “É importante que o tratamento seja vivencial, ou seja, que aconteça de forma prática, pois apenas falar sobre o que deve ser feito pode ser insuficiente para pessoas com TDAH", conclui.

O AT também oferece uma atenção especial aos pais no processo de terapia – a chamada orientação parental. “Vale lembrar que os responsáveis têm papel primordial no tratamento dos pequenos”, diz Colombini.

O psicólogo ressalta, ainda, que o TDAH não está necessariamente associado a uma capacidade cognitiva limitada. “A criança pode apresentar baixo rendimento escolar, mas não por restrições em sua capacidade de compreensão e sim, em função da agitação e desatenção”, destaca. “Com o tratamento adequado, é possível amenizar os sintomas e ter êxito no desempenho escolar e profissional”, finaliza.

Sobre o especialista

Filipe Colombini é psicólogo, fundador e CEO da Equipe AT, empresa com foco em Acompanhamento Terapêutico (AT) e atendimento fora do consultório, que atua em São Paulo (SP) desde 2012. Especialista em orientação parental e atendimento de crianças, jovens e adultos. Especialista em Clínica Analítico-Comportamental. Mestre em Psicologia da Educação pela Pontifícia Universidade Católica (PUC-SP). Professor do Curso de Acompanhamento Terapêutico do Grupo Interdisciplinar de Estudos de Álcool e Drogas – Instituto de Psiquiatria Hospital das Clínicas (GREA-IPq-HCFMUSP). Professor e Coordenador acadêmico do Aprimoramento em AT da Equipe AT. Formação em Psicoterapia Baseada em Evidências, Acompanhamento Terapêutico, Terapia Infantil, Desenvolvimento Atípico e Abuso de Substâncias. *Informações da KEY PRESS

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