Apontado por um estudo britânico como um medicamento capaz de reduzir a mortalidade em casos graves de Covid-19, o dexametasona entrou na lista dos fármacos indicados pela Organização Mundial de Saúde (OMS) para o tratamento do novo coronavírus.
De acordo com o farmacêutico e professor da Universidade Estadual de Mato Grosso do Sul (UEMS), Rogério Dias Renovato, o remédio é um corticosteroide e anti-inflamatório utilizado para o tratamento de diversas doenças, mas seu uso deve ser sempre com acompanhamento médico.
“Recentemente foram divulgados dados de um estudo britânico sobre a eficiência e eficácia do dexametasona no tratamento da Covid-19 em grupos específicos de pacientes hospitalizados com complicações respiratórias graves, fazendo uso de ventilação mecânica ou suporte de oxigênio. O dexametasona é um corticosteroide e anti-inflamatório conhecido e utilizado para tratar outras doenças, como doenças autoimunes, doenças da pele, doenças oculares e doenças respiratórias”, explica Renovato.
De acordo com a publicação da Universidade de Oxford, na Inglaterra, que divulgou os resultados preliminares do estudo randomizado Recovery (Randomised Evaluation of Covid-19 Therapy), o remédio seria indicado para pacientes com Covid-19 sob ventilação mecânica. Em casos graves de coronavírus, o medicamento, segundo o estudo, reduziu em até um quinto a mortalidade do vírus, mas não mostrou benefícios em pessoas que não precisam de assistência respiratória.
Com as descobertas, a OMS recomendou para os países, o aumento na produção do medicamento. “O seu uso possivelmente está relacionado porque na etapa grave da doença, conforme a literatura, existe um número, uma quantidade acentuada de proteínas anti-inflamatórias chamadas citocinas e essas proteínas em quantidade exacerbada, pode causar vários danos ao sistema respiratório. Deste modo, a dexametasona como anti-inflamatório acaba modulando, regulando possivelmente essa resposta inflamatória, que ao invés de ajudar acaba prejudicando o organismo”, frisa Renovato.
No entanto, o professor ressalta que o uso do medicamento deve ser com a orientação e suporte da equipe médica que está atendendo o paciente. “A dexametasona deve ser utilizada em situações específicas, com todo o aporte dos profissionais de saúde, em hipótese alguma deve ser utilizada por conta própria, e sempre de acordo com o que foi indicado neste e outros estudos que possivelmente virão”, reforça.
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