Qualquer pessoa a partir de 14 anos pode inserir o whey protein na dieta, mas diante de tanta marca adulterada no País, é preciso ter cuidado na hora de escolher. A nutricionista Giovana Messias chama atenção para os riscos de consumir o produto impróprio e fala sobre a forma correta de utilizar o suplemento.
A Abenutri (Associação Brasileira de Empresas de Produtos Nutricionais) reprovou 48 marcas de whey protein após realizar um teste que revelou que as marcas não ofereciam a quantidade de proteína informada nos rótulos.
A nutricionista explica que para além do erro na quantidade existem outros fatores que tornam o produto impróprio. “Às vezes para baratear o produto eles puxam da proteína de soja, ervilha, não vai ter proteína de boa qualidade. Em alguns casos colocam até mais açúcar para poder dar mais volume e baratear e isso não fica claro para quem está comprando”, diz.
O whey adulterado traz vários riscos à saúde, sendo um deles a alergia a algum componente que não está descrito no rótulo. Giovana comenta que, dependendo do produto, o consumidor pode sofrer outras complicações.
“Pessoas que têm resistência insulínica podem piorar por questão do excesso de açúcar, pessoas que não toleram muito bem a soja vão ter má digestão. Tem coisas que podem até alterar a parte hormonal em tireoide”, conta.
As marcas já tem opções de whey voltadas para as pessoas com intolerância a lactose, porém se a procedência do produto for duvidosa esse público também corre riscos. “A pessoa intolerante tem dificuldade de quebrar a enzima que o açúcar, então é interessante que pra mim tenha uma quantidade certa na tabela, senão vou ter dor de cabeça, gases, barriga estufada”, cita.
Benefícios - Proteína isolada de matérias primas, como o soro do leite, o whey protein ganha vários sabores dependendo da marca. Morango, baunilha, chocolate, cappuccino e torta de limão são alguns exemplos comercializados. Essas opções, segundo a nutricionista, deixam a fórmula mais saborosa. “As marcas colocam corantes, aromatizantes para ficar com o gosto mais agradável”, afirma.
A nutricionista comenta que a partir dos 14 anos, pessoas de todas as faixas-etárias podem consumir a proteína isolada, inclusive as mais velhas. “Idoso pode tomar porque vai substituir carne, ovo e, às vezes, a bebida líquida é mais interessante”, fala.
Apesar dessa liberação, é importante que o suplemento não seja tomado por conta própria. É recomendável procurar um nutricionista, pois em alguns casos o whey não é necessário já que a pessoa tem uma dieta rica em proteínas. “Às vezes a pessoa nem tem necessidade porque come ovo, queijo, leite de manhã. Aí ela almoça proteína, come proteína tarde e a noite também”, esclarece.
Outra questão está relacionada à quantidade correta do produto, sendo isso mais critério que pode variar. “A proteína varía de 0,80 gramar por quilo de peso até 2,2 gramas sendo individualizada para cada pessoa, sendo sedentário, paciente renal até atletas. O consumo pode excessivo pode prejudicar os rins”, frisa.
Liberado o consumo, o whey traz uma série de benefícios, principalmente, quando aliado a uma rotina de exercícios físicos.“Para quem treina o whey tem leucina que é um aminoácido que estimula o ganho de massa muscular, então é bem interessante. Algumas marcas tem a creatina junto e é um combo bom”, pontua.
Para evitar consumir marcas de procedência duvidosa, a nutricionista traz algumas dicas. “Sempre procure em três lojas diferentes, site oficial, dê uma olhada nas casas de suplemento de bairro e sempre desconfie de promoções onde no site oficial é R$ 200, mas no mercado está R$ 70”, declara.
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