Durante todo o mês de setembro instituições de saúde públicas e privadas voltam a atenção para discutir sobre o suicídio, monumentos públicos e pontos turísticos se vestem na cor da campanha para chamar a atenção. Segundo a Organização Mundial de Saúde (OMS), em levantamento divulgado em 2015, pelo menos 800 mil pessoas cometem suicídio todos os anos no mundo, o que dá uma média de uma pessoa a cada 40 segundos. O mesmo estudo aponta que o Brasil é o oitavo país no ranking de suicídios, segunda maior causa de morte entre jovens de 15 e 29 anos.
Criado para aproximar instituições nacionais e internacionais, a campanha setembro amarelo foi criada em 2014. O dia 10 de setembro foi eleito como o dia mundial de combate a segunda maior causa de morte no mundo, ficando atrás apenas dos homicídios. Um estudo da Unicamp aponta que pelo menos 17% dos brasileiros já pensaram seriamente em se matar.
Em Corumbá, o setor de Doenças e Agravos Não Transmissíveis (DANT), acompanha casos de lesão auto provocada, suicídio, que dão entrada pelo Sistema Único de Saúde (SUS), através de um relatório que o responsável pelo atendimento da vítima deve preencher. O setor acompanha não somente os casos concretizados e também tentados, assim como casos de violência contra mulher, exploração sexual infantil e outros mais.
O DANT aponta que Mato Grosso do Sul é o terceiro estado brasileiro com maior número de mortes causado pelo suicídio e, Corumbá é a terceira cidade no ranking estadual. Somente nos registros do setor, em 2015 foram 60 tentativas e quarto óbitos na cidade. De janeiro a junho deste ano, 20 tentativas e quatro óbitos foram registrados.
O Corpo de Bombeiros, que também recebe chamados relacionados a suicídio, atendeu sete óbitos provocados e cinco de forma tentada em 2015. Este ano, já foram registrados três casos de óbitos e oito casos de tentativa, nas mais diversas formas, se jogando de alto de prédio, ingerindo veneno, por enforcamento ou com utilização de faca.
A Polícia Civil de Mato Grosso do Sul registrou entre as ocorrências deste ano, ocorridas de janeiro até a primeira semana de setembro, 53 casos de suicídio, oito em aldeias indígenas.