Protestantes ércorreram ruas de Corumbá e Ladário. Foto: Gesiane MedeirosEsta sexta-feira, 28 de abril, foi eleita pelos sindicatos e organizações trabalhistas do Brasil, como um dia de greve geral no país, em protesto contra as reformas da Previdência Social (PEC 287/2016)e Trabalhista, recém aprovada na Câmara nesta quarta, 26. Em diversas cidades, rodovias estão bloqueadas e o transporte público está em greve. Corumbá e Ladário marca presença no protesto nacional, com aproximadamente 300 veículos, entre carros e motos, em buzinaço que iniciou no Portal de entrada de Corumbá, passou pelas ruas centrais de Ladário e seguiu pelas ruas da Cidade Branca. Manifestantes entoavam gritos de ordem e realizavam panfletagem para mobilizar a população.
Professor Antônio celso, representante FETEMS disse que reforma significa o recomeço do trabalho "escravo". Foto: Gesiane MedeirosA organização do protesto está a cargo da Federação dos Trabalhadores em Educação de Mato Grosso do Sul (FETEMS) em parceria com outros sindicatos e organizações do estado. Um dos líderes da manifestação, professor Antônio Celso Melo dos Santos, presidente do sindicato dos profissionais de educação de Ladário e representante da FETEMS para Corumbá,disse em entrevista ao Capital do Pantanal que “as mudanças impostas pelo governo significa uma precarização do trabalho, o fim da aposentadoria e o recomeço do trabalho ‘escravo’. A reforma trabalhista é contra os direitos dos trabalhadores, ela vem de cima para baixo sem passar pela mão dos maiores interessados. Queremos que o governo negocie, converse para saber o que a classe quer. Do jeito que está significa o fim dos direitos conquistados pelos trabalhadores”.
Ao todo, segundo professor Antônio, 12 sindicatos estão unidos pela causa no país, em Corumbá e Ladário também há envolvimento das outras classes trabalhadoras além dos professores.
Grupo de professores de Ladário apoiam o protesto. Dario, à direita, conversou com o Capital do Pantanal. Foto: Gesiane Medeiros Para o professor do município de Ladário, Dario Marcos de Oliveira, há sete anos na profissão, “a classe já é bastante prejudicada e caso as reformas sejam aprovadas, a vida ficará ainda mais prejudicada. O professor não é valorizado, trabalha em ambiente estressante, sem condições adequadas e agora, por conta da reforma da previdência teremos que trabalhar por muito mais tempo para conseguir nos aposentarmos”, lamenta o professor.
Ainda na tarde de hoje, às 16 horas, haverá uma grande ação social em frente à agência do INSS, na Rua Dom Aquino, centro de Corumbá. Diversas atividades acontecerão para chamar a população para a luta da causa.
Aproximadamente 300 veículos, entre carros e motos, participaram do buzinaço. Foto: Gesiane Medeiros?
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