A investigação teve inicio após a denúncia de furto dos trilhos no ramal de Ladário. Técnicos da ANTT (Agência Nacional de Transportes Terrestres) inspecionaram a região e concluíram que na verdade, a própria concessionário Rumo havia retirado cerca de quatro quilômetros dos trilhos para serem usados em trecho de Corumbá. A ação foi classificada como dilapidação de patrimônio público e gerou uma multa de R$ 2.100 milhões à concessionária.
Em nota, a Rumo defendeu a ação como um remanejamento e não abandono e que as deficiências poderiam ser regularizadas, porém a ANTT não aceitou a justificativa e manteve a multa nesta quinta-feira (2), em Brasília, destacando que a empresa tem obrigação de zelar pelos bens da concessão mesmo em trechos não operacionais.
Em nota, a ANTT disse que "a postura da concessionária de minimizar a aplicação dos recursos para a manutenção da via férrea no trecho ainda operacional, utilizando o artifício de canibalização dos ativos existentes no ramal de Ladário, aliada à desmobilização da equipe de segurança patrimonial, tem contribuído sobremaneira para o aumento das invasões na faixa de domínio da via férrea no referido ramal", afirmou.
A situação da Malha Oeste há décadas está em situação crítica, já tendo a determinação de uma nova licitação por parte do TCU (Tribunal de Contas da União). O governo quer integrar a ferrovia ao projeto do Ferroanel, planejado desde os anos 1970. O objetivo é desviar trens de carga da região metropolitana de São Paulo e liberar espaço para trens de passageiros.
Sobre a recomendação do TCU de não renovação do contato com a Rumo, a empresa declarou, por meio de nota, que "entregou à ANTT o levantamento dos valores referentes aos passivos de via cumprindo os procedimentos de encerramento do contrato de concessão" da Malha Oeste".
Já sobre a decisão relacionada ao processo de Ladário, a empresa declarou que "o departamento jurídico avaliará a questão para a adoção das medidas legais adequadas", disse no comunicado.
A Malha Oeste tem cerca de 1.973 km e liga Mairinque (SP) a Corumbá, na fronteira com a Bolívia. O contrato de concessão foi assinado em 1996 e vence no próximo ano. Atualmente, grande parte da ferrovia está ociosa ou abandonada, incluindo o ramal de Ladário. *Com informações da Folha de São Paulo e CG News
Receba as notícias no seu Whatsapp. Clique aqui para seguir o Canal do Capital do Pantanal.
Deixe seu Comentário
Leia Também
Motociclista fica ferida em colisão com carro na Sete de Setembro

Rompimento de adutora interrompe fornecimento de água em bairros de Corumbá
Quarta-feira de tempo abafado e aviso para proximidade de chuva
Corumbá e Ladário têm mínima de 25°C e máxima de 39°C

Estudo diz que café reduz risco de recorrência de arritmia cardíaca

Marinha de Ladário abre processo seletivo com 17 vagas

Incêndio atinge loja de motocicletas no bairro Aeroporto
Terça-feira de calor com possibilidade de chuva fina
Corumbá e Ladário têm mínima de 23°C e máxima de 41°C

Treinão dos 21 Dias de Ativismo incentiva mobilização contra a violência
Homem é resgatado com hemorragia após levar pedrada na cabeça em Ladário



Trilhos foram retirados pela Rumo para serem utilizados em trecho de Corumbá. (Foto: Reprodução Processo Judicial)


