A operação "Tanque Cheio" da Polícia Federal (PF), que cumpriu três mandados de busca e apreensão em endereços de Corumbá (MS) e Ladário (MS) nesta quarta-feira, 11 de dezembro, continua rendendo muito assunto na região. Entre os mais comentados, está a batida da PF no posto de combustível de propriedade do prefeito eleito em Ladário (MS), Munir Sadeq, acusado aliciar a participação de pessoas em sua carreata mediante o abastecimento de R$ 50 de combustível em seu posto.
Logo após o cumprimento do mandado de busca e apreensão em seu posto de combustível, Munir Sadeq, cedeu entrevista ao Capital do Pantanal esclarecendo que não possui qualquer participação em esquema de compra de voto durante as eleições municipais deste ano. O prefeito eleito afirma que sem qualquer temor contribuiu com todas as informações e documentos solicitados pelos policiais federais e que ainda entregou espontaneamente seu celular e notebook pessoais para serem averiguados pelos peritos da PF. "Estou muito tranquilo e sereno quanto a isso, sei que essa denúncia se trata de perseguição política".
Ao analisar a denúncia crime, contida no inquérito policial IPL n°. 2024.0100950, que originou a investigação da Polícia Federal, iniciada em 05 de outubro, quando equipe da PF realizou diligência para observar a movimentação no posto de combustível, em Ladário (MS), uma luz se acende sobre o nome do denunciante, Jean Carlos Rodrigues de Freitas. Naquele momento, Jean era um cabo eleitoral e apoiador da candidatura do oponente de Munir nas Eleições, Luciano Jara, quem o atual prefeito do município, Iranil Soares, defendia para sua sucessão na cadeira executiva.
Acontece que quatro dias após o pleito, em 10 de outubro de 2024, o denunciante Jean Carlos Rodrigues de Freitas, foi nomeado “superintendente” (cargo em comissão DGA-3) na prefeitura de Ladário. De acordo com Munir, quem afirma estar sendo alvo de uma denúncia falsa, Jean é um funcionário "fantasma" do município.
Munir afirma estar sereno e tranquilo quanto a denúncia. Foto: Capital do Pantanal
"Seu emprego era uma promessa de campanha, que foi cumprida às pressas, já que o candidato defendido pela atual gestão não ganhou. Jean foi nomeado com um salário de R$ 6 mil e gratificações de mais R$ 6 mil, o que soma R$ 12 mil mensais, sem trabalhar", declara o prefeito eleito de Ladário.
Munir é taxativo quando afirma não temer as investigações. "Alguns dos carros fotografados pela PF são inclusive da minha família, essa denúncia não tem qualquer fundamento. Não há nada que me ligue a isso nem que me comprometa com tal denúncia. Fui eleito pelo voto popular e pelo desejo do povo ladarense que já não suporta mais o abandono em que vive".

As investigações d Pf continuam com a análise dos documentos, mídias e dispositivos digitais apreendidos, que podem ou não gerar novas fases da operação.
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