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Cientistas falam sobre perspectivas astronômicas para 2021

Ano promete descobertas e observações inéditas do cosmos

02 janeiro 2021 - 09h11Agência Brasil

Em meio à crise provocada pela pandemia de covid-19, um setor da economia brasileira encerrou 2020 em ritmo de superação. De janeiro a outubro, os financiamentos imobiliários concedidos com recursos da poupança totalizaram R$ 92,7 bilhões, crescimento de 48,8% em relação ao mesmo período de 2019, segundo os dados da Associação Brasileira das Entidades de Crédito Imobiliário e Poupança (Abecip).https://agenciabrasil.ebc.com.br/ebc.png?id=1397789&o=nodehttps://agenciabrasil.ebc.com.br/ebc.gif?id=1397789&o=node

Beneficiado pelos juros baixos, depósitos recordes na poupança, atuação dos bancos públicos e pela aprovação do programa Casa Verde Amarela,o setor imobiliário ganhou impulso no segundo semestre. No no entanto, enfrenta desafios para manter o crescimento em 2021, como o encarecimento de materiais de construção e as incertezas sobre a recuperação da economia.

Emprego e renda

Outro fator que alimenta uma interrogação em torno do crescimento do mercado imobiliário em 2021 reúne as incertezas em relação à velocidade da recuperação do emprego e da renda. Ao apresentar a projeção de crescimento de 4% do Produto Interno Bruto (PIB) da construção civil em 2021, o presidente da Cbic, José Carlos Martins, classificou de “otimista conservadora” a expectativa da entidade. As avaliações para o próximo ano, no entanto, dividem-se.

O presidente da Comissão da Indústria Imobiliária da Cbic, Celso Petrucci, diz que o déficit habitacional no Brasil e mudanças de comportamento da população depois da pandemia, como a procura por imóveis mais afastados de áreas densamente povoadas, ajudarão a manter aquecida a procura pelos financiamentos imobiliários.

“Todos torcemos pela rápida recuperação na economia, pela queda do índice de desocupação, desemprego e por melhora na renda das famílias. Mas o Brasil tem tanta necessidade de habitação que isso não vem afetando o mercado e não afeta em 2021”, avalia Petrucci. Ele ressalta que o mercado imobiliário conseguiu crescer em 2020, mesmo com o emprego e a renda em queda e que a manutenção da taxa Selic (juros básicos da economia) em 2% ao ano ao longo de boa parte de 2021 continuará a impulsionar os contratos.

Base de comparação

Especialista em mercado imobiliário da FGV, o professor Pedro Seixas não é tão otimista. Para ele, a fraca base de comparação em relação a 2019 levou ao crescimento na concessão de financiamentos em 2020. 

Ele diz duvidar se a expansão será sustentável em 2021. “Existe uma retomada, mas a questão é se esse crescimento será sustentável por causa da renda e do emprego. Do ponto de vista pessoal, quem tem dinheiro deve aproveitar os juros baixos e comprar [um imóvel], mas é diferente de dizer que crescimento é sustentável”, analisa.

De acordo com Seixas, o setor imobiliário brasileiro, apesar do crescimento em 2020, está em nível semelhante a 2010. “Essa recuperação tem muito mais a ver com um efeito estatístico do que com uma reversão de tendência. O que determinará a demanda será a velocidade de recuperação da economia”, acrescenta. Para Petrucci, da Cbic, uma eventual estagnação da renda pode ajudar nas vendas no início de 2021 ao inibir as construtoras de repassar o aumento dos materiais de construção para o preço dos imóveis.

O ano de 2021 traz perspectivas animadoras para a astronomia, como a contagem regressiva para uma missão com destino à Lua e o lançamento de um supertelescópio que fará imagens inéditas do espaço.https://agenciabrasil.ebc.com.br/ebc.png?id=1397757&o=nodehttps://agenciabrasil.ebc.com.br/ebc.gif?id=1397757&o=node

Quem perdeu a oportunidade de observar os eventos ocorridos em 2020 terá a chance de observar novos fenômenos a partir de 27 de abril, com uma Superlua.

Em maio, um eclipse total da Lua será a atração nos céus brasileiros. Novembro terá outro eclipse, desta vez parcial.

Em dezembro será possível conferir a famosa chuva de meteoros Geminídeas.

Começa este ano também a contagem regressiva para a missão Artemis, da Nasa, que deve levar a primeira mulher à Lua em 2024, com parceria brasileira. Os testes não tripulados começam este ano, segundo a agência espacial norte-americana.

A missão ganhou novo fôlego após a descoberta de moléculas de água na Lua, detectada pelo telescópio Sofia.

Telescópios

O lançamento do super telescópio James Web é o destaque de Duilia de Mello, astrônoma, pesquisadora em projetos da Nasa e vice-reitora da Universidade Católica da América.

“Eu acho que vai ser absolutamente incrível toda expectativa que vai se tornar ao redor deste lançamento deste telescópio [James Web], que estamos esperando há tanto tempo e vai revelar os confins do universo. A gente vai poder ver as primeiras galáxias. Além disso, [o telescópio] vai confirmar também alguns planetas ao redor de outras estrelas. Vai ser uma missão de impacto na nossa visão de universo.”

O astrofísico do Observatório Nacional Ricardo Ogando destaca que as imagens em alta resolução que serão capturadas em 2021 também serão destaque no campo astronômico.

“A astronomia é a ciência do acaso. A gente nunca sabe o que vai descobrir. É muito difícil prever o que será destaque em 2021. Por exemplo, matéria escura e energia escura. São dois ingredientes importantes do universo que ninguém sabe o que são e surpreenderam a todos quando foram descobertos”, explica.

Matéria escura

O cientista explica que a matéria escura é uma matéria invisível, não detectável fisicamente e apenas teorizada devido à sua ação gravitacional. A energia escura, por sua vez, é o nome que se dá ao ''combustível'' que acelera a expansão do universo.

“Vários projetos estão tentando descobrir mais detalhes sobre este setor escuro do universo. Um deles é o LSST (Legacy Survey of Space and Time), no Observatório Vera Rubin, no Chile, vai usar um telescópio de 8 metros para fazer uma espécie de filme em altíssima resolução do céu usando uma câmera de 3,2 mil megapixels”, revela o astrofísico.

Leonardo Andrade, professor da Universidade Federal do Rio Grande do Norte, destaca o uso de dados dos telescópios para detecção de bioassinaturas.

''Para 2021, teremos possivelmente a confirmação de alguns estudos, como o que trata da descoberta de um planeta ao redor de duas estrelas – uma viva e outra morta, usando dois métodos de detecção diferentes”, afirmou.

Para Hélio Jaques Rocha-Pinto, diretor do Observatório do Valongo, 2021 será uma oportunidade para ampliar o conhecimento humano sobre a Via Láctea com a liberação de dados do satélite Gaia.

“Eu espero grandes descobertas na área da astronomia galáctica em função da liberação de dados do satélite Gaia, que está disponibilizando aos pesquisadores uma quantidade de informações sem precedentes em termos de precisão das posições estelares e do movimento das estrelas na esfera celeste”, concluiu.

 

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