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Cientistas dos Estados Unidos e do Brasil se unem para combater avanço do Zika

10 fevereiro 2016 - 14h08Gesiane Medeiros
Os Estados Unidos estão ampliando uma agenda positiva de colaboração com entidades científicas brasileiras com o objetivo de combater o avanço do vírus Zika em todo o mundo, informou à Agência Brasil o Instituto Norte-Americano de Alergia e Doenças Infecciosas (Niaid) - organização que coordena pesquisas para combater doenças infecciosas, imunológicas e alérgicas. Um dos objetivos dessa agenda, que envolve também cientistas de outros países, é desenvolver uma vacina destinada a evitar a infecção pelo Zika. O embaixador do Brasil nos Estados Unidos, Luiz Alberto Figueiredo Machado, informou que a cooperação entre instituições norte-americanas e brasileiras de pesquisa já vinha ocorrendo para combater a dengue. Segundo ele, a ampliação dessa cooperação, com o objetivo de incluir o combate ao Zika, foi o assunto mencionado no telefonema da presidenta Dilma Rousseff ao presidente Barack Obama, em 29 de janeiro último.  “O vírus Zika gerou uma crise [de saúde] global e tem de ser atacado por todos os meios possíveis”, disse o embaixador. O governo norte-americano pediu autorização do Congresso para a liberação de US$ 1,8 bilhão para combater o vírus Zika, Parte desse dinheiro (US$ 41 milhões) será alocada pelo Departamento de Estado dos Estados Unidos em outros países. O diretor do Centro de Controle e Prevenção de Doenças (CDC) dos Estados Unidos, Tom Frieden, considera importante a aprovação desses recursos emergenciais. No entanto, ele alerta para a necessidade de que sejam adotados procedimentos práticos e imediatos: "Reduzir a ameaça do Zika não vai ser rápido ou fácil", disse Frieden. E acrescentou: "É muito difícil para um país se livrar dos mosquitos que transmitem o vírus, e a aparente conexão com microcefalia é sem precedentes”. Segundo Frieden, “a prioridade agora é reduzir o risco para as mulheres grávidas, para que possam proteger a sua saúde e a de seus bebês". O Zika atualmente está circulando em cerca de 30 países, especialmente na América Latina e no Caribe. A necessidade do desenvolvimento da vacina contra o vírus foi mencionada também em uma declaração conjunta, assinada por representantes do Instituto Nacional de Saúde dos Estados Unidos e da Fundação Oswaldo Cruz (Fiocruz), do Brasil, em Manaus, em dezembro de 2015. Desde então, técnicos dos dois institutos vêm se reunindo frequentemente com o objetivo de aprofundar as pesquisas sobre o tema, informou o Niaid. As discussões entre as duas entidades ganharam relevância à medida que, coincidentemente, a epidemia se espalhou no Brasil e em outros países – no início deste ano. A colaboração entre autoridades norte-americanas e cientistas brasileiros não se resume ao Instituto Fiocruz. Segundo o Niaid, o Ministério da Ciência, Tecnologia e Inovação, o CNPq, o Instituto Butantã e várias universidades brasileiras vêm mantendo colaboração, em diversos níveis, com entidades de saúde norte-americanas visando a combater a doença. Na etapa atual, anterior à aprovação dos recursos emergenciais para combater a epidemia da doença, solicitada pelo presidente Barack Obama, o orçamento para as pesquisas sobre o Zika e outros vírus similares corresponde a US$ 100 milhões. De acordo com o Niaid, trata-se de um orçamento “limitado” devido ao fato de o Zika ser um fenômeno emergente, que ganhou contornos de preocupação mundial nos últimos meses. Em 2015, o Niaid disponibilizou US$ 17 milhões para apoiar os cientistas brasileiros em projetos colaborativos de pesquisas na área de doenças infecciosas. Com o alastramento do vírus Zika, porém, os cientistas brasileiros podem tentar se associar a outros projetos. O Instituto Nacional de Saúde dos Estados Unidos (NIH), por exemplo, acaba de anunciar que vai incluir, entre suas prioridades, o financiamento para investigar como a infecção pelo vírus Zika pode afetar a reprodução, a gestação e o desenvolvimento do feto. O NIH é uma agência de pesquisa médica que engloba 27 institutos e centros de saúde em território norte-americano. Uma das prioridades do programa é estabelecer de forma conclusiva o papel que o vírus Zika desempenha no aumento dos casos de microcefalia. No Brasil, mais de 4 mil casos de microcefalia foram registrados desde outubro de 2015. Em 2014, houve apenas 147 casos conhecidos da doença. Além disso, os cientistas querem saber se há outros fatores que provocam a microcefalia. O programa vai analisar também se o Zika pode ser sexualmente transmissível. A investigação permitirá saber se os governos devem adotar políticas para evitar a propagação do vírus por meio do sexo. Além disso, os estudos podem indicar se o Zika representa perigo para a fertilização in vitro e outras técnicas de reprodução assistida.   Vacina Ainda serão necessários “vários anos” de pesquisa até que seja possível aplicar a vacina contra o vírus, informou o Niaid. Antes de a vacina ser disponibilizada no mercado, os cientistas precisam superar várias barreiras regulamentares, inclusive os testes para avaliar se a dose é segura e eficaz. No entanto, o que anima os cientistas é que já existe uma plataforma de vacina para uma família de vírus, que inclui o Zika. Essa plataforma está sendo usada pelas pesquisas americanas como ponto de partida para desenvolver a vacina contra o Zika.  

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