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Campo Grande define volta às aulas na quarta-feira

20 junho 2020 - 11h57Daiany Albuquerque do Correio do Estado

Uma reunião no Ministério Público Estadual (MPE) na quarta-feira (24) decidirá se será prorrogado ou não o decreto municipal que proíbe as aulas nas redes pública e particular de Campo Grande, de acordo com o prefeito da cidade, Marcos Trad (PSD). O documento em vigor mantém a suspensão das atividades presenciais até o dia 30 de junho deste ano, em virtude da pandemia da Covid-19.

Segundo Trad, apesar de o grupo montado por órgãos reguladores e entidades que representam os segmentos da educação estar focado nas escolas particulares, também deverá ser definida a situação da Rede Municipal de Ensino (Reme).

“Vamos analisar a situação para ver a possibilidade de volta das escolas particulares e públicas. Estarão presentes a OAB [Ordem dos Advogados do Brasil], Câmara Municipal e o MPE. Vamos ouvir a todos e deliberar. Os números mudam todos os dias, vamos analisar o cenário até lá”, declarou o prefeito.

A suspensão das aulas na Reme foi decretada no dia 16 de março e passou a valer dois dias depois, no dia 18 daquele mês. Já são três meses de aulas virtuais, já que o conteúdo passou a ser disponibilizado pelos professores por meio de vídeos. Há também a possibilidade de os estudantes buscarem os conteúdos nas escolas onde estudam todas as semanas.

No caso das escolas particulares, as aulas foram suspensas no dia 23 de março, após decreto do governo do Estado do dia 17 do mesmo mês determinar a suspensão na rede estadual e também na rede paga. As instituições particulares também têm oferecido aulas virtuais para seus estudantes.

No caso dessas escoas, encontro anterior havia pré-definido o dia 1º de julho como possível retorno das atividades presenciais, entretanto, essa volta será confirmada nesta quarta-feira, durante essa reunião. A princípio o retorno seria das séries iniciais, a educação infantil, que compreende os estudantes de 6 meses a 7 anos.

Sobre um possível retorno dos estudantes, o vereador Valdir Gomes (PSD), presidente da Comissão Permanente de Educação e Desporto, afirmou que vê esse movimento com preocupação, por acreditar que as crianças não cumprirão todas as regras de distanciamento social orientadas pelos órgãos de saúde.

“Criança não vai segurar máscara; nós adultos já tiramos. Criança toca uma na outra... É muito complicado falar que é uma boa voltar agora, quando estamos tento um aumento da curva de infectados e não tem medicamento para dar. Não está pegando só idoso, a maioria das pessoas doentes é de jovens”, declarou Gomes.

Na opinião do parlamentar, o melhor seria uma nova prorrogação do decreto que estabeleceu a paralisação das aulas presenciais. “Imagina se um monte de criança pega esse vírus? As escolas não vão conseguir controlar os alunos. Como mantém distanciamento em uma sala de 40 alunos? Vai ter toda a estrutura? Minha avaliação é de que tem que esperar até o dia 15 de julho. É preferível perdeu um ano do que perder uma vida. É bem complicado porque de um lado tem as escolas particulares que estão perdendo alunos, mas estamos falando de vida, e criança você não controla”.

Apesar de o prefeito ter falado que a reunião também traria a deliberação sobre as instituições públicas, a promotora Ana Cristina Carneiro Dias, que participa das tratativas desde o início, afirmou que o grupo estava focado nas instituições privadas, mas que a secretária municipal de Educação, Elza Fernandes Ortelhado, havia informado na reunião anterior que o município ainda estava tentando adquirir equipamento de proteção individual (EPI) para se falar em retorno. “Pelo que temos acompanhado, as escolas públicas não voltam agora e não tem previsão disso, mas nosso foco tem sido as particulares. Até porque a secretária nos disse que estava na expectativa da compra de EPI para as escolas, e duvido que isso já tenha ocorrido”, avaliou.

Sobre sua opinião a respeito do retorno presencial das escolas particulares, a promotora preferiu não emitir posicionamento ainda. “Não quero jogar um balde de água fria no que ainda não foi analisado. Os dados têm mudado constantemente e temos que avaliar o cenário que nos for passado na quarta-feira”, disse. 

Perdas na Educação Infantil

Em função da paralisação das aulas presenciais, as escolas particulares de Campo Grande estimam que 2 mil alunos da educação infantil, que não é obrigatória, tenham sido perdidos pelas instituições. Isso porque muitos pais precisaram recorrer a outras pessoas para tomarem conta dos filhos, já que a maioria das atividades comerciais estão autorizadas a funcionar.

 

 

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