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Campanha eleitoral não empolga e frustra indústria gráfica de MS

05 setembro 2016 - 10h07Redação

As previsões pessimistas das indústrias gráficas de Mato Grosso do Sul em relação à campanha eleitoral deste ano se confirmaram e o segmento registra somente 27% do faturamento obtido no pleito de quatro anos atrás, conforme análise do Radar Industrial da Fiems com base em dados repassados pelo Sindigraf/MS (Sindicato das Indústrias Gráficas de Mato Grosso do Sul) e Abigraf/MS (Associação Brasileira da Indústria Gráfica no Estado).

Na campanha eleitoral para prefeito e vereadores em 2012, as 240 indústrias gráficas em operação no Estado tiveram um faturamento médio de R$ 17,02 milhões, enquanto no pleito deste ano esse montante ficou em R$ 4.657.500, ou seja, queda de 73% no faturamento das empresas no comparativo entre as duas campanhas (2012 x 2016).

Além disso, apesar de passados quatro anos e com o aumento da maioria da matéria-prima, a crise obrigou as gráficas a reduzirem os preços médios cobrados pelos produtos em até 37,5% e, mesmo assim, foi registrada uma redução de 56% na quantidade produzida de santinhos, praguinhas, banners e adesivos, considerados os principais produtos eleitorais.

Análise

Para o presidente do Sindigraf/MS e Abigraf/MS, Julião Flaves Gaúna, esse balde de água fria jogado sobre os empresários do segmento pode ser debitado à mudança na legislação eleitoral, que reduziu o prazo e as verbas da campanha deste ano. “A redução das verbas para as campanhas em um momento já complicado para a economia refletiu em cheio sobre o segmento. Nesse cenário é que estamos inseridos e, portanto, se confirmou o recuo do nosso faturamento”, afirmou.

Julião Gaúna recorda que, nas campanhas passadas, as gráficas vendiam um pacote, que incluía bandeiras, bonés, camisetas, folders, santinhos, praguinhas, adesivos e cavaletes. “Hoje, só podemos oferecer os santinhos, praguinhas e adesivos, ou seja, quase nada é permitido mais pela Justiça Eleitoral. Além disso, antes tínhamos 90 dias de campanha e hoje são só 45 dias”, analisou, completando que as mídias sociais (Facebook, Instagram, WhatsApp e Twitter) ajudaram a atrapalhar ainda mais o faturamento das gráficas.

No caso de Campo Grande, ele declara que os empresários estão confiantes em um 2º turno para amenizar um pouco as perdas. “Como a campanha eleitoral é mais curta do que a anterior, na Capital ainda temos a esperança de 2º turno, o que pode refletir em uma expansão na produção de material gráfico com essa prorrogação do pleito”, observou.

Legislação

A mudança nas regras dos gastos eleitorais definida pela Resolução nº 23.457/2015 do TSE (Tribunal Superior Eleitoral) limitou os recursos da campanha atual em 70% do que foi utilizado no pleito anterior, em 2012. Além disso, o tempo de campanha também foi reduzido de 90 para 45 dias, começando dia 16 de agosto e terminando no dia 29 de setembro.

Dentre as práticas proibidas para o período estão a distribuição de camisetas, chaveiros, bonés, canetas e brindes. A vedação vale, ainda, para quaisquer outros bens que possam proporcionar alguma vantagem ao eleitor.

O candidato que extrapolar os limites determinados pelo TSE pode ser obrigado a pagar multa de 100% do valor excedido e, além disso, o político pode ser alvo de representação pelo MP (Ministério Público) por abuso de poder econômico.

 

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