Brasil e Estados Unidos assinaram o acordo comercial de carne bovina in-natura. O fim das negociações foi selado na quinta-feira (29), em Washington, durante o IX Comitê Consultivo Agrícola (CCA) dos dois países.
A expectativa é que os embarques comecem em 90 dias, após a finalização dos trâmites administrativos. Na próxima semana, no Palácio do Planalto, Blairo Maggi e a embaixadora dos EUA no Brasil, Liliana Ayalde, vão fazer a troca de cartas de reconhecimento de equivalência dos controles oficiais de carne bovina entre os dois países.
“Esse documento representa o reconhecimento da qualidade de segurança sanitária do Brasil", afirmou o ministro. Em nota, a Pasta explicou a importância do acordo e como ele serve de referência, quase como um selo de qualidade da carne brasileira.
“A conclusão da negociação é importante para o Brasil não só pelo potencial de compra daquele mercado, mas também porque os EUA são uma referência para outros importadores de carne bovina in natura”, disse o texto.
Exportações para os EUA
O Brasil já vende carne bovina industrializada para os EUA e, no ano passado, elas somaram US$ 286,8 milhões. Com o fim dessa negociação em relação à carne fresca e congelada, os frigoríficos brasileiros, juntos, terão uma cota de até 64,8 mil toneladas por ano.
Para batê-la, o Brasil terá também de derrubar os concorrentes que estão dentro dessa mesma cota. Como contrapartida, os Estados Unidos poderão vender a sua proteína para consumidores brasileiros.
Oportunidades para exportadores
O Itamaraty celebrou o fim das negociações por meio de uma nota. "O acesso ao mercado norte-americano abre excepcionais perspectivas para os exportadores brasileiros e prenuncia novas oportunidades de negócio", afirmou.
Também elogiou o ministro da Agricultura, Blairo Maggi. "Esta fase final contou com a decisiva participação do Ministro da Agricultura, Blairo Maggi, em negociações diretas com o Departamento de Agricultura dos Estados Unidos da América, no contexto do Comitê Consultivo Agrícola".