O governo boliviano decidiu implantar um trabalho de combate ao contrabando de combustível na região de fronteira com o Brasil, e o resultado para quem vive em Corumbá e Ladário é a oportunidade de economizar mais de 20% para abastecer um tanque de 50 litros com gasolina, por exemplo. A diferença de preço praticado no Brasil e na Bolívia é de mais de R$ 1,60 por litro.
O preço dos combustíveis é subsidiado na Bolívia. Com isso, o valor que o boliviano paga é menor do que o preço praticado no mercado internacional. Neste ano, em qualquer posto em que o consumidor de lá for abastecer, pagará Bs 3,74, que na conversão para reais resulta em cerca de R$ 2,60 (valor do boliviano equivale a cerca de R$ 1,45 atualmente). Não existe concorrência no preço, independentemente de o posto ser estatal ou público.
Como já denunciado por veículos de imprensa, como o Capital do Panatanl e Correio do Estado, muitos brasileiros compravam ilegalmente combustíveis do lado de lá da fronteira. Para coibir tais ações, o governo do país vizinho resolveu legalizar a questão.
Para o estrangeiro, como é o caso do brasileiro, o valor subsidiado é alterado e há uma tabela de preço internacional. Na moeda local, esse custo sai por 8,68 bolivianos (Bs). Com um câmbio favorável e o preço brasileiro nas alturas, ainda dá para economizar com o combustível boliviano. Convertido em reais, esse valor está em cerca de R$ 6, enquanto a média em Corumbá da gasolina custa R$ 7,64, diferença de 21,4%.
Estratégia
A Bolívia decidiu instituir um plano de orientação aos estrangeiros e atuação contra a população local para reduzir o contrabando. O Plano Soberania – Luta Contra o Contrabando é executado por funcionários da Agência Nacional de Hidrocarburos (ANH), equivalente à Agência Nacional do Petróleo (ANP), com apoio de militares da região de fronteira.
Essa atuação começou no dia 11 de abril e terá duração de 30 dias, com fiscais trabalhando das 6h às 22h em todos os postos de combustíveis de Puerto Quijarro e Puerto Suárez.
“Como primeira etapa, está sendo realizada a socialização da normativa vigente com relação à venda de combustíveis líquidos nas cinco estações de serviço de Puerto Quijarro e Puerto Suárez. Estão presentes funcionários da ANH e das Forças Armadas, controlando a venda de diesel e gasolina”, explicou a agência em nota enviada ao Correio do Estado.
Os fiscais da ANH estão disponíveis em todos os cinco postos da fronteira para orientar os brasileiros sobre o abastecimento, bem como detalhar os preços que são praticados para estrangeiros.
Contrabando
O contrabando de conbustível na fronteira do Brasil com a Bolívia é um problema histórico já noticiado pelo Capital do Pantanal, mesmo antes do aumento dos preços no Brasil. Em novembro de 2021, uma longa fila de veículos se formou em frente ao ponto de táxi, do lado brasileiro, a cem metros da Polícia e da Receita Federal, para abastecimento com gasolina boliviana comercializada a R$ 5,00. A gasolina nos postos da Bolívia é comercializada a R$ 2,88.
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O contrabando de combustível na região da fronteira da Bolívia com Corumbá é um problema histórico. (Imagem recebida pelo Capital do Pantanal )


