A Bolívia anunciou nesta quinta-feira, 1 de abril a decisão de fechar as fronteiras do país com o Brasil por um período de 7 dias, a partir da 00h desta sexta-feira, 02 de março.
A decisão foi informada nesta quinta-feira, 01 de abril pelo presidente Luis Arce, como medida para impedir a entrada da nova cepa brasileira da Covid-19 no país, a P1.
“No marco das medidas para proteger a população, instruímos o fechamento temporário das fronteiras com o Brasil, por sete dias”, anunciou Arce em sua conta do Twitter.
De acordo com o boliviano, Alvaro Velix, que reside em Corumbá a restrição atende à solicitação do governo de Santa Cruz e do setor de saúde, que pediu o fechamento para evitar o colapso de hospitais, devido à nova cepa, que é muito mais contagiosa.
Em Mato Grosso do Sul, Corumbá faz fronteira com a cidade boliviana de Puerto Quijarro.´
Vacinação
Nesta terça-feira 30, o presidente da Bolívia afirmou que o país vai acelerar a vacinação contra a Covid-19 nas cidades fronteiriças com o Brasil.
Os serviços de saúde estão atentos aos relatos do surgimento de uma nova cepa do vírus no Brasil, embora o Ministério da Saúde não tenha confirmado sua presença.
Bolívia e Brasil compartilham uma fronteira de cerca de 3.400 quilômetros e três de seus nove departamentos (Santa Cruz, Beni e Pando) fazem fronteira com estados brasileiros.
A Bolívia, com 11,5 milhões de habitantes, registra 270.347 infecções e 12.211 mortes. O país notificou 719 novos casos na segunda-feira, dos quais 38,8% em Santa Cruz, 16,5% em Beni e 2,8% em Pando.
O país recebeu nesta terça-feira uma nova remessa de 200 mil vacinas chinesas da Sinopharm, além das 740 mil que chegaram desde janeiro da russa Sputnik V, da britânica AstraZeneca e da mesma marca chinesa.
O governo afirma ter comprado um total de 15,2 milhões de doses e espera sua chegada gradativa nos próximos meses.
A vacinação começou em fevereiro com profissionais de saúde e a população com patologias de risco como prioridades.