Em visita técnica à Area de Preservação Ambiental (APA) Baía Negra, a especialista da Ecoa, Fernanda Cano, capturou imagens com drone que mostram que a Unidade de Conservação no Pantanal se manteve preservada apesar do fogo que atingiu as suas proximidades. Nas imagens, é possível ver que a margem esquerda do rio Paraguai ficou totalmente destruída; já do lado direito, próximo à unidade de conservação, o impacto das chamas foi muito menor e ficou retido antes de alcançar o corixo.
Fernanda atribui a vitória ambiental ao trabalho das brigadas voluntárias no Pantanal, que teve início no ano 2000 e foi reforçado principalmente depois dos estragos de 2020. A formação das brigadas comunitárias voluntárias é um trabalho que a Ecoa realiza com o Prevfogo/Ibama (responsável pelo treinamento), a WWF Brasil e a SOS Pantanal. As instituições garantem que os Guardiões do Pantanal estão aptos a controlar qualquer ponto de ignição antes que ele tome grandes proporções.
Durante os 30 dias de junho deste ano, o Pantanal viveu dias terríveis, com o maior número de focos de incêndio para o mês em toda a série histórica, iniciada em 1998. Considerando os dados desde o início de 2024, a área devastada já passa dos 700 mil hectares, segundo informações do Lasa/UFRJ (Laboratório de Aplicações de Satélites Ambientais do Departamento de Meteorologia da Universidade Federal do Rio de Janeiro).
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