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Alunos das redes pública e privada apresentam pesquisas em feiras do IFMS

21 outubro 2016 - 08h34Redação

Nesta semana, os dez campi do Instituto Federal de Mato Grosso do Sul (IFMS) realizam as feiras de ciência e tecnologia da instituição, com mais de 650 projetos de pesquisa apresentados em Aquidauana, Campo Grande, Corumbá, Coxim, Dourados, Jardim, Naviraí, Nova Andradina, Ponta Porã e Três Lagoas. O número é o maior registrado pelo Instituto até hoje.

Desenvolvidos por estudantes dos ensinos fundamental e médio de escolas públicas e privadas do estado, os trabalhos abrangem diversos temas nas áreas de Ciências Biológicas e da Saúde, Ciência Exatas e da Terra, Ciências Humanas e Sociais Aplicadas, Engenharias e Ciências Agrárias ou multidisciplinar.

Na capital, cerca de 270 alunos apresentam 107 projetos na Feira de Ciência e Tecnologia de Campo Grande (Fecintec). São 37 trabalhos de estudantes de ensino fundamental e 70 de nível médio.

O coordenador da Fecintec e Diretor de Pesquisa, Extensão e Relações Institucionais do Campus Campo Grande, Dejahyr Lopes Junior, destaca o caráter pedagógico do evento e a participação de outras instituições de ensino.

“Queremos que a feira seja um espaço de aprendizagem para a iniciação científica. O trabalho do IFMS tem tido respaldo da comunidade externa, muitas escolas já realizam suas próprias feiras de ciência e nos convidam, servimos como espelho para elas”, apontou.

A Fecintec segue até sexta-feira, 21, no Shopping Bosque dos Ipês. A comunidade pode visitar e conhecer os projetos gratuitamente, das 10h às 20h. No sábado, 22, está prevista a premiação dos trabalhos, a partir das 11h.

Na Capital, a Fecintec fica no Shopping Bosque dos Ipês até sábado, 22. Foto:  Divulgação

?Iniciação científica

Com apenas 11 anos de idade, Taline Buzo e João Guilherme de Almeida fazem jus ao termo “iniciação científica”. Estudantes da 6ª série da Escola Municipal João de Paula Ribeiro, eles apresentam um projeto sobre o aparecimento de fungos nos alimentos.

“Sempre tive vontade de fazer pesquisa, de usar jaleco. Se você deixar um pão em cima da mesa, ele pode criar bolor, eu tinha a dúvida de onde isso surgia”, disse Taline.

A dúvida de Taline levou ao projeto “Análise do aparecimento de micro-organismos em substrato à base de trigo”, desenvolvido desde o ano passado. No trabalho, a dupla realizou experimentos no laboratório da escola, com o uso de um mingau de leite em recipientes abertos e fechados, para demonstrar que, em contato com o ar, os fungos se proliferam. Os resultados do estudo estão sendo apresentados agora.

Outra pesquisa que integra a Fecintec é o aplicativo 99 Horários, que surgiu para incentivar a interação entre pais e filhos na realização de tarefas. A ideia é das estudantes Maria Eduarda de Jesus, Isabela Simões e May Jacob, de 13 anos, da escola GAPPE.

Com ele, os pais podem inserir as tarefas diárias que desejam que seus filhos realizem. Os filhos avisam, por meio do aplicativo, quando realizarem os afazeres. Também é possível combinar recompensas quando um número determinado de tarefas for realizado.

“Como a internet e o uso do celular sempre são citados pelos pais como fator negativo e que prejudicam os filhos a exercerem suas tarefas, decidimos usar a internet para algo positivo, sem tirar as pessoas do celular”, disse Isabela.

IFMS

Entre os trabalhos do ensino médio na Fecintec, 45 são desenvolvidos no IFMS. Este é o caso da “Turbina submersa: uma alternativa para o aproveitamento da energia cinética de correnteza”, das estudantes do 6º semestre do curso técnico em Mecânica, Isadora Marques e Nathalia Moraes, 17.

Elas criaram um protótipo que gera energia por meio da maré no mar, adaptado à realidade fluvial sul-mato-grossense. O custo da turbina, feita com PVC, nylon e aço, foi de R$ 300, oriundo da bolsa que recebem via Programa Institucional de Bolsas de Iniciação Científica (Pibic).

“Na Amazônia, isso é muito utilizado por comunidades ribeirinhas. Adaptamos para uso em rios. Queremos deixar a turbina com seu melhor rendimento de geração de energia”, apontou Isadora.

Com previsão de término em julho de 2017, o próximo passo do projeto é a construção de um tanque de teste para o protótipo. O objetivo, de acordo com as estudantes, também é o incentivo ao uso de energia renovável.

Visando a uma vida mais saudável para a comunidade escolar do Campus Campo Grande, as estudantes Sônia Viana, 16, e Maria Eduarda de Paula, 15, criaram o Lanche social: uma proposta de alimentação saudável e consciência coletiva na escola pública”.

Diariamente, pela manhã, servidores vão à Ceasa (Centrais de Abastecimento de Mato Grosso do Sul) para compra de frutas, que ficam à disposição de servidores e estudantes para serem consumidas nos intervalos das aulas.

“Sugerimos o valor simbólico de 50 centavos, mas cada um pode dar o que tiver. O valor é colocado numa caixinha, que no final do dia é contabilizado. O dinheiro arrecadado é então usado no dia seguinte para a compra das frutas”, explicou Sônia.

O nível de aceitação, segundo as estudantes, é de mais de 90%. O projeto fez com que muitos começassem a comer frutas. As estudantes agora pensam em desenvolver o protótipo de uma geladeira, para diminuir o desperdício de frutas.

“Ela liberaria um gás para higienização do produto e funcionaria como aquelas máquinas de refrigerante, em que a gente coloca uma moeda. No nosso caso, também haveria a opção de fruta gratuita, para aquelas que não pudessem pagar”, disse Maria Eduarda.

A intenção da dupla é que o trabalho continue e que novas pessoas participem dele. “O projeto não é nosso, é da escola inteira”, finalizaram as duas.

A Fecipan em Corumbá, é a feira com maior número de trabalhos inscritos, são 151 no total. Foto: Divulgação

?Outros campi 

Em Aquidauana e Coxim, a apresentação dos projetos de pesquisa (66 e 59, respectivamente) ocorreu na segunda e terça-feira, 17 e 18, nos campi do IFMS nos municípios.

Em Corumbá, a Feira de Ciência e Tecnologia do Pantanal (Fecipan), reuniu o maior número de trabalhos neste ano, 151. Destes, 97 foram de escolas públicas e particulares da região. O evento ocorreu entre segunda e quarta-feira, 16 e 19, no Centro de Convenções do Pantanal de Corumbá Miguel Gomez

Em Ponta Porã, estão sendo apresentados 53 projetos, sendo 10 deles de escolas estaduais, dois de escolas particulares, três mexicanos e um paraguaio. A Feira de Ciências e Tecnologias da Fronteira de Ponta Porã (Fecifron) é realizada no União Tênis Clube até esta quinta-feira, 20.

O evento também segue aberto para visitação do público até esta quinta em Três Lagoas, no campus do IFMS no município. Foram selecionados 74 trabalhos.

Pela primeira vez, também são realizadas a Feira de Ciência e Tecnologia da Grande Dourados (Fecigran), a Feira de Ciência e Tecnologia da Região Sudoeste em Jardim (Fecioeste) e a Feira de Ciência e Tecnologia de Naviraí (Fecinavi). Os campi foram implantados recentemente nesses municípios.

As Feiras de Ciência e Tecnologia do IFMS integram a programação da Semana de Ciência e Tecnologia do IFMS, realizada desde a última segunda-feira, 17, e comprogramação prevista até sábado, 22. Todas as atividades previstas estão disponíveis na página www.ifms.edu.br/semanact

 

 

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