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Advogado de Beira-Mar é multado em R$ 50 milhões por fogo no Pantanal de Corumbá

Incêndio de grandes proporções levou 110 dias para ser controlado pelo Prevfogo

01 outubro 2024 - 10h42Redação do Capital do Pantanal

O advogado identificado pelas iniciais L.G.B.M. recebeu multa de R$ 50 milhões do Ibama (Instituto Brasileiro do Meio Ambiente e dos Recursos Naturais Renováveis) por incêndio no Pantanal de Corumbá. A informação foi divulgada pelo jornal Folha de São Paulo. 

Em 3 de julho,  L.G.B.M., um dos advogados do narcotraficante Luiz Fernando da Costa, o Fernandinho Beira-Mar, era investigado pelo fogo na região pantaneira. Na última terça-feira, 24 de setembro, o Ibama emitiu duas multas, no valor total de R$ 100 milhões, a proprietários de fazenda localizada em Corumbá, onde se originou incêndio florestal de grandes proporções no Pantanal.

Com cerca de 333 mil hectares, o equivalente a mais de duas vezes o território da cidade de São Paulo, a área é a maior já devastada por incêndio provocado por uma única propriedade este ano no Pantanal, abrangendo, também, outros 135 imóveis rurais afetados pelo fogo.

Devido às condições climáticas da região, o incêndio levou 110 dias para ser controlado pelo Prevfogo (Centro Nacional de Prevenção e Combate aos Incêndios Florestais) em conjunto com as demais instituições envolvidas na gestão da crise local.

Após mais de 20 dias de investigação e a constatação dos ilícitos ambientais, os dois responsáveis foram identificados e multados por danificar vegetação nativa do Pantanal com uso de fogo sem autorização do órgão ambiental competente. Toda a área incendiada foi embargada pelo Ibama para permitir sua regeneração.

O fogo causou danos ambientais severos às vegetações típicas do bioma Pantanal e impacto direto aos animais silvestres, com aumento de sua mortalidade e diminuição de substratos e recursos alimentares, dificultando sua sobrevivência.

A fumaça gerada contribuiu para o aumento da poluição do ar em grande parte das cidades brasileiras, liberando poluentes atmosféricos, incluindo material particulado, gases tóxicos e compostos orgânicos voláteis. Esses gases e compostos favorecem a mudança climática ao potencializar o efeito estufa, além de gerar sérios riscos à saúde humana. 

No mês de julho, defesa de L.G.B.M informou que a Fazenda Astúrias, em Corumbá, foi vítima do fogo no Pantanal e não a culpada. Nesta terça-feira (1º), o advogado Jail Azambuja afirmou que a defesa pediu acesso ao procedimento, pois o advogado não foi notificado, e vai divulgar nota à imprensa. "Mas já adianto que ele não tem nada a ver com o fogo", diz Azambuja. *Com informações do CG News.

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