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Acidentes causam R$ 3,7 bilhões em prejuízo na economia de MS

15 maio 2018 - 10h28Campo Grande News

Os acidentes no trânsito que mataram 625 pessoas e deixaram outras 992 com invalidez permanente em 2017, representaram um prejuízo de R$ 3,7 bilhões na economia de Mato Grosso do Sul - 4,82% no PIB (Produto Interno Bruto) do Estado.

O dado corresponde ao que seria gerado pelo trabalho das vítimas caso não tivessem se acidentado, conforme pesquisa do CPES (Centro de Pesquisa e Economia do Seguro) da Escola Nacional de Seguros.

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O estudo tem como base os indicadores do DPVAT (seguro obrigatório de automóveis) e ainda apontou um aumento no número de vítimas fatais e com invalidez permanente no Estado, se comparado a anos anteriores - de 991 em 2016 para 1.617 pessoas inválidas por acidentes no ano passado.

Contudo, o impacto total das perdas produtivas foi 63,2% maior no período. O fator que mede a perda da capacidade produtiva é chamado de VEV (Valor Estatístico da Vida), ou seja, o quanto cada brasileiro é capaz de produzir em sua vida.

Nacional - Em todo o Brasil, a violência do trânsito provocou um impacto econômico de R$ 199 bilhões no ano passado, ou 3,04% do PIB nacional. As perdas correspondem a acidentes que mataram 41,1 mil pessoas e deixaram 42 mil com invalidez permanente no país. Na comparação com 2016, o impacto foi 35,5% maior.

Os dados ganham ainda mais relevância no mês em que é celebrado o Maio Amarelo, movimento que busca conscientizar a sociedade para a importância do trânsito seguro. “O que mais chamou atenção é que o Brasil vinha de um período de queda dos indicadores de violência no trânsito. Mas, nesse último ano, os números dispararam, voltando ao cenário de 2015. E com características muito preocupantes: 90,5% das vítimas estão na fase economicamente ativa e mais de 74% dos acidentes envolvem motocicletas, fazendo com que 59% dos acidentados sejam os próprios condutores”, alerta a economista Natália Oliveira, do CPES, coordenadora do estudo.

Problema crônico do trânsito - As motos representam apenas 27% da frota nacional de veículos, mas são responsáveis pelo maior número de acidentes no Brasil e também de vítimas: foram 285.662 sinistros no ano passado. Os homens respondem por 88% das indenizações por morte em acidentes com motocicletas. No caso de acidentes de motos que resultaram em sequelas permanentes, 79% das indenizações também foram para vítimas do sexo masculino.

“A motocicleta é também o meio de transporte de classes menos favorecidas, está tirando de circulação uma boa parte da população economicamente ativa”, acrescenta Natália.

Trânsito mais perigoso - São Paulo, Minas Gerais e Rio de Janeiro lideram as estatísticas de perdas decorrentes dos acidentes de trânsito. O impacto econômico nesses estados foi de R$ 31 bilhões, R$ 19,5 bilhões e R$ 15,5 bilhões, respectivamente. Segundo os registros, em São Paulo morreram 6.103 pessoas em acidentes no ano passado – quase o dobro de toda a Região Norte.

O Rio de Janeiro registrou 2.692 mortes no trânsito, caindo uma posição entre os Estados que têm a maior quantidade de mortos no trânsito brasileiro. Já o Nordeste lidera em número de acidentes com invalidez permanente: 16.328, sendo 4.499 no Ceará e 2.249 na Bahia.

O Centro-Oeste sofreu a maior perda em comparação com o Produto Interno Bruto: o impacto da violência no trânsito consumiu 4,86% do PIB regional, seguido das regiões Nordeste (3,8%), Sul e Norte (3,4% cada). Goiás, por exemplo, registrou 1.784 mortes em acidentes e 2.595 casos de invalidez permanente, o que representou impacto de R$ 9,3 bilhões (5,4% do PIB). Mas há casos em que a situação é muito mais grave. Em Tocantins, a perda chega a 7,1% do PIB estadual, recorde no País.

No mundo - Em todo o mundo, o trânsito mata cerca de 1,25 milhão de pessoas a cada ano e deixa entre 20 e 25 milhões de feridos. Trata-se da nona causa de mortes. Para enfrentar o problema, as Nações Unidas lançaram, em 2011, a Década de Ação pela Segurança no Trânsito 2011-2020, na qual governos de todo o mundo se comprometem a tomar novas medidas para prevenir os acidentes no trânsito. A meta é reduzir pela metade o número de vítimas até o fim da década.

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