Reconhecido pela ONU (Organização das Nações Unidas) como o Ano Internacional das Cooperativas, 2025 pode se tornar um marco para o fortalecimento do modelo cooperativista diante dos desafios sociais e econômicos globais. A respeito do tema, em 2024, o corumbaense, Cleber Zequetto, educador e pesquisador, desenvolveu sua tese de doutorado pela Universidade Federal de Mato Grosso (UFMT), com uma abordagem inédita sobre o tema: o ethos do cooperativismo em seus aspectos culturais, simbólicos e afetivos.
A tese de Zequetto propõe uma leitura contemporânea do cooperativismo como uma cultura viva, construída por narrativas, afetos e práticas sociais compartilhadas. A pesquisa foi desenvolvida com base em metodologias inovadoras como a cartografia e a semiótica da cultura, envolvendo estudantes, professores e profissionais do cooperativismo no estado de Mato Grosso e em outras regiões do país.
“Ao compreender o cooperativismo como ethos*, revelamos que ele não é apenas uma estrutura econômica ou institucional, mas um modo de vida, uma linguagem afetiva e coletiva que resiste, reinventa e transforma”, afirma Zequetto.
A pesquisa tem sido amplamente difundida em formações de lideranças cooperativistas e de associados das cooperativas, com previsão de publicação em livro ainda este ano. O conteúdo também inspira cursos, mentorias e formações promovidas por Zequetto em parceria com instituições como ICOOP, SESCOOP, cooperativas e organizações sociais em diversas regiões do país.
Como desdobramento natural de sua trajetória acadêmica e prática, Zequetto já se prepara para iniciar seu estágio de pós-doutorado na mesma instituição, a UFMT, aprofundando a pesquisa com foco no tema narrativas cooperativas. A nova etapa buscará compreender como os relatos, símbolos e práticas culturais vivenciadas por cooperados e lideranças cooperativistas moldam identidades, pertencimentos e transformações no cooperativismo brasileiro. A proposta é investigar essas narrativas como um campo estratégico para fortalecer vínculos, inspirar inovação social e promover a sustentabilidade do modelo cooperativo nas próximas décadas.
“Este é o momento certo para lançar luz sobre o valor intangível da cooperação. O Ano Internacional das Cooperativas nos convida a repensar não só estruturas, mas aquilo que realmente sustenta o modelo: vínculos, valores e narrativas.”
*Ethos: conjunto dos costumes e hábitos fundamentais, no âmbito do comportamento (instituições, afazeres etc.) e da cultura (valores, ideias ou crenças), característicos de uma determinada coletividade, época ou região.
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A ONU reconheceu 2025 como o Ano Internacional das Cooperativas. O título deu ainda mais relevância para a tese de doutorado de Zequetto. (Foto: Divulgação)

