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Economia

Comércio local deve sofrer queda nas vendas de Natal e Ano Novo, diz pesquisa

02 dezembro 2025 - 08h48Gesiane S. Lourenço

De acordo com a pesquisa de Intenção de Consumo para o Natal e Ano Novo de 2025, realizada pelo Instituto de Pesquisa e Desenvolvimento da Fecomércio-MS (IPF-MS) em parceria com o Sebrae/MS, o comércio local de Corumbá deve sofrer queda na economia deste fim de ano. Segundo registros do mesmo estudo, no ano anterior, as festas de Natal e Ano Novo geraram R$ 57.925.102 à economia local, já neste 2025, a previsão é que a movimentação gire em torno de R$ 32.674.305, bem abaixo do ano de 2024. Do total previsto, R$ 18.358.123 serão impulsionados pelo Natal e R$ 14.316.182 pelas comemorações do Ano Novo. 

O período das festas de Natal e Ano Novo são considerados o melhor momento de vendas para o comércio, é quando os consumidores recebem o 13º salário e investem seu dinheiro na compra de roupas, calçados, presentes e em comemorações. Porém, ao que tudo indica, neste ano, eles estão mais cautelosos com os gastos.

No âmbito estadual, a pesquisa indica uma queda de 38% em relação ao no anterior. As festas de fim de ano devem movimentar R$ 824 milhões na economia de Mato Grosso do Sul, deste total, R$ 226 milhões serão destinados à compra de presentes, R$ 243 milhões às comemorações de Natal e R$ 354 milhões aos festejos de Ano Novo. A redução no montante global indica um cenário econômico mais restritivo e de um orçamento familiar mais ajustado.

Mesmo com as indicativas de um consumidor mais cauteloso, pesquisadores acreditam que o aumento no número de pessoas que irão presentear deve sustentar o desempenho do comércio e do setor de serviços nesta reta final de 2025.

Mais pessoas vão presentear no Natal, porém, com ticket médio menor

A pesquisa revela que 69% dos sul-mato-grossenses pretendem presentear no Natal. Contudo, o gasto médio com presentes será de R$ 217,36, abaixo dos anos anteriores. Entre os itens mais procurados estão brinquedos, roupas, eletrônicos e cosméticos.

Nos motivos para não presentear, predominam questões financeiras: falta de dinheiro, insegurança para gastar e incerteza econômica. Entre aqueles que vão às compras, 66% preferem lojas físicas, sobretudo no centro da cidade e nos shoppings.

Já 78% afirmam que irão comemorar o Natal, com gasto médio previsto de R$ 206,35. As celebrações seguem centradas na casa de familiares e amigos próximos, com destaque para refeições preparadas em casa.

O analista-técnico do Sebrae/MS, Paulo Maciel, reforça que o comportamento do consumidor traz pistas importantes para que os  pequenos negócios se preparem para o período, qualidade dos produtos e bom atendimento podem ser diferencial. "É importante que o empresário saiba que a maioria dos clientes, 55%, prioriza a qualidade. Além disso, 45% dos entrevistados pretendem presentear os filhos com produtos como brinquedos e roupas. Na hora de comprar, a preferência é clara: o consumidor opta pela loja física no centro da cidade e busca ativamente o benefício para pagamento à vista, com o intuito de economizar, então, as empresas precisam ficar atentas: preparar estoques e oferecer melhores condições de pagamento. Quanto às comemorações, tanto o Natal quanto o Ano Novo tendem a ser mais íntimos, com familiares e amigos próximos. E o 13º salário será direcionado majoritariamente para o planejamento financeiro — 22% vão poupar ou guardar e 17% vão pagar as contas de início de ano, com apenas 11% sendo usado nas festas”, pontuou.

Ano Novo terá maior participação e maior volume de gastos

Para o Ano Novo, a intenção de comemorar chega a 80% dos entrevistados. O gasto médio será de R$ 294,19, principalmente com alimentação e encontros familiares. Viagens serão realizadas por 32% dos respondentes — 20% no Ano Novo, 7% no Natal e 5% em ambas as datas — com 64% permanecendo dentro do Estado.

13º salário será usado para despesas do início do ano

Entre os que receberão o 13º salário (63%), a maior parte pretende aplicá-lo em economias, pagamento de contas e despesas de início do ano. Apenas 11% afirmam que usarão o recurso diretamente para as comemorações de fim de ano.

Para a economista do IPF-MS e coordenadora da pesquisa, Regiane Dedé de Oliveira, o resultado mostra um consumidor que reorganiza prioridades, mas ainda mantém o desejo de celebrar. “Percebemos um consumidor mais prudente, que busca equilibrar o orçamento sem abrir mão das tradições. O aumento do número de pessoas que pretendem presentear indica o sentimento de afeto, mas com escolhas mais calculadas e foco em gastos essenciais. Isso exige que o comércio esteja atento a ofertas competitivas, bom atendimento e experiências de compra que agreguem valor”, afirma.

A pesquisa foi realizada entre os dias 03 e 13 de novembro nos municípios de Campo Grande, Dourados, Ponta Porã, Coxim, Bonito, Corumbá/Ladário e Três Lagoas. Ao todo, 1.982 pessoas foram entrevistadas, com margem de erro entre 5% e 6% e intervalo de confiança de 95%. *Com informações da Fecomércio.

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