O mês de junho chegou, e com ele, toda a alegria e tradição das festas juninas também. A festa típica da época, em homenagem aos santos católicos João, Antônio e Pedro, é centenária em Corumbá e todos os anos movimenta o cenário cultural da cidade, atraindo festeiros e milhares de turistas ao Porto Geral, para o tradicional Banho de São João, reconhecido como Patrimônio Cultural Imaterial do Brasil desde 2021.
Outra tradição da época é a quadrilha junina. Em Corumbá e Ladário, são nove grupos culturais que todos os anos ensaiam intensamente para apresentar lindos espetáculos ao público no popular Concurso de Quadrilhas, realizado pelas prefeituras da região.
O Capital do Pantanal conversou com o presidente da quadrilha Chama Caipira, criada em 2023 e vitoriosa nos dois últimos concursos de Corumbá, em 2023 e 2024. Dilson Vilalva, fundador do grupo juntamente com Sérgio Henrique, declara que a meta é conquistar os jurados e o tricampeonato. Se as expectativas se concretizarem, o grupo irá realizar o grande feito de se manter invicta desde a sua fundação.

Dilson fala que sua ligação com o universo das quadrilhas juninas iniciou no seu nascimento, já que seu aniversário é no próprio mês da festa. "Desde muito pequeno participo dos festejos e desde 2012 participo dos concursos", disse.
A Chama Caipira tem atualmente 60 integrantes, sendo 30 deles na equipe de diretoria e apoio. Nesse período pré-festa, o grupo ensaia de segunda à sexta-feira, por mais de três horas por dia, das 18h30 às 22h. Os ensaios são realizados na paróquia de São Bartolomeu.
Para Dilson, comparada aos grandes grupos nordestinos, a quadrilha em Corumbá possui a particularidade de preservar a quadrilha tradicional. "Essa é a marca do nosso São João. No nordeste, os grupos estão numa pegada mais estilizada e teatral. As características próprias das nossas quadrilhas nos diferenciam no cenário cultural. Mas não posso deixar de dizer, que as quadrilhas nordestinas são nossas inspirações", declara.
Diferentemente das Escolas de Samba, que em Corumbá possuem uma Liga para organizar os concursos, as quadrilhas atuam de forma independente. Dilson explica que há uma grande vontade por parte dos grupos para montarem um coletivo, como já existe no estado vizinho, Mato Grosso, porém ainda não foi possível. "Iniciamos conversas nesse sentido com a antiga gestão municipal, e agora precisamos sentar e conversar com a atual gestão. Precisamos do apoio do poder público para fundar essa Liga e promover ainda mais a cultura dos festejos da nossa região", disse.
Todos os anos, a Chama Caipira busca apoio e patrocínio de políticos e empresas privadas para montar os figurinos e arcar com as despesas do grupo. Além disso, organizam rifas, promoções, bingos e até torneio de futebol.
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