Que Corumbá possui uma população acolhedora, simpática e muito gentil, não é novidade para ninguém. A "arte" dos moradores da cidade branca, em bem receber aos visitantes, contribui, e muito, para que essa prática se esparrame mundo à fora multiplicando desejos de gente do Brasil e do exterior, de vir, conhecer e “gozar” da alegria corumbaense.
Porém, essa aptidão dos corumbaenses encontra freios, no tocante a apresentar os pontos turísticos da cidade, pois desde alguns anos atrás, o que se vê são praças e jardins abandonados, sujos e inseguros, monumentos danificados e muitos prédios históricos interditados.
É notório que o ponto turístico mais frequentado é a orla do Porto Geral, pois ali, alia-se a vontade dos visitantes com as excursões de grupos de pescadores, setor esse que, uma vez privado, é um ponto de destaque, apesar de também estar em estado precário, em se falando em turismo em Corumbá.
Atualmente, conforme dados verificados visualmente, o segundo atrativo turístico mais visitado na capital do pantanal, é a praça onde situa-se a estátua do Cristo Rei do Pantanal e a via sacra (71 esculturas), na morraria do Cruzeiro. Triste é deparar-se com as dificuldades para visitação do Cristo Rei, pois apesar da estrutura ali existente, todas (sanitários, lanchonete, capela, etc.) estão com informes de “interditado”, além iluminação e pintura em estados precários, muito mato e pouca área para estacionamento de veículos.
Ademais, a escadaria, com 503 degraus, que dá acesso à praça em tela, parece não existir, pois encontra-se desintegrando-se, com muita sujeira e mato e total falta de sinalização, horizontal e vertical, e, desde a sua edificação (início do atual século) nunca recebeu. Sequer, meio metro de guarda-corpo, elemento construtivo essencial para escadas, no tocante a segurança de seus usuários.
O Cristo Rei do Pantanal, além de ponto de visitação, com paisagens apaixonantes, via seus acessos, também é um ponto de referência para a prática de exercícios físicos da população corumbaense, que, muitas das vezes, deixam de frequentar o local devido ao estado calamitoso de conserva e de insegurança absoluta.
Em um cenário profissional, a praça do Cristo Rei do Pantanal, deveria receber atenção especial, para ampliar os números de frequentadores, com sua estrutura funcionando em 100%, limpeza permanente, segurança presencial, iluminação (até ornamental) e placas informativas, de forma a ofertar conforto e satisfação aos visitantes.
Pena que Corumbá não trata o turismo como aptidão econômica, tendo seus governantes enjaulados em salas com ar condicionado, sem, sequer saber a temperatura na varanda de seus gabinetes.
*Foto: @visitmsoficial
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