Dia 21 de setembro, Corumbá, completa aniversário.
Em outros tempos, esse aniversário era comemorado ao longo dos trinta dias do mês de setembro, com solenidades oficiais, entrega de obras, e eventos culturais, dentre outros momentos que proporcionavam à população trabalhadora, alegre e acolhedora da “Cidade Branca”.
Nos últimos anos, vislumbra-se um empobrecimento da festa de aniversário da Capital do Pantanal, pois, excetuando-se o desfile comemorativo das entidades sociais e públicas e, costumeiramente um show musical popular, nada se vê de concreto, para que a população tenha um alento animador em relação ao futuro.
O panorama atual de Corumbá, proporciona mais preocupação que entusiasmo, visto que, em todas as áreas e esferas governamentais, a cidade vive uma estagnação social, econômica e política.
Passeando pelo território corumbaense é fácil ver diversos imóveis fechados, sendo ofertados para venda ou aluguel.
Conforme dados oficiais, o número de habitantes em Corumbá, sofrera, em recente levantamento, a maior redução proporcional no estado de Mato Grosso do Sul.
Indo mais adiante, conforme dados da Junta Comercial do Estado, a abertura de novas empresas por aqui, ocupa a vigésima posição, enquanto o fechamento ocupa a quinta colocação.
Muito se fala que Corumbá precisa definir sua aptidão econômica. O difícil é encontrar um atalho para essa definição, pois tanto o comércio, o turismo e a indústria (mineração), os caminhos são duvidosos.
Ponto crucial para estabilizar ou aumentar, mesmo que timidamente, condições para mudar a situação atual, temos uma estrada federal abandonada no trecho do pantanal, incluindo a ponte do porto Morrinho, sobre o rio Paraguai.
Do sistema aeroviário da cidade branca, neste aniversário, receberá um “presente de grego”, pois o único voo (04 vezes por semana) será desativado no próximo mês de outubro.
A grande promessa de desenvolvimento da região, destacada no início deste século, era o ramal local do gás boliviano, exclusivo e livre de impostos para que, por aqui, indústrias se instalassem, está à deriva, pois as reservas do insumo, na Bolívia, estão se esgotando.
O aspecto urbanístico da cidade carece de tudo. Limpeza de ruas, recuperação de calçadas e praças históricas, melhoria da sinalização viária, modernização da iluminação pública, recuperação dos prédios públicos, e muitos outros problemas pontuais, que, despercebidamente, traduzem tristezas nos olhares do, outrora povo corumbaense.
Esses mínimos tópicos, podem ou poderiam, tocar no coração das autoridades governamentais, fazendo-os refletir como estará a linda “cidade branca” nos seus 248 anos de emancipação política e administrativa, que serão comemorados em 2026, visto que no atual exercício, nada há para comemorar.
*Foto de Rene Carneiro
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