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COLUNA

Entrelinhas

Sylma Lima

O barato pode sair caro

05 março 2020 - 15h56

Os corumbaenses que caíram nas graças de uma alternativa de transporte mais barata para a Capital do Estado, agora estão caindo é no arrependimento. Acontece que a então alternativa anunciada como a melhor de todos os tempos e que se apresentou a população com ônibus do tipo leito, super confortáveis, começou a substituir os veículos  por carros com poltronas apertadas, desconfortáveis e sem opção de escolha de poltrona para o passageiro. Como se ainda fosse pouco, a tal empresa de fretamento também não oferece seguro de extravio das bagagens, roubo ou furto no interior do ônibus. Os passageiros viajam com insegurança nas estradas que são conhecidas por serem usadas como rota do tráfico e contrabando.

Na verdade, os corumbaenses e campo-grandenses que reivindicavam por uma passagem mais barata na linha Corumbá X Campo Grande já estão amargando no arrependimento com um grande prejuízo moral e financeiro. Estão desgostosos com a opção que ora foi apresentada como um grande negócio. Caiu no dito popular, estão levando “gato por lebre”.

 

Pesquisar e se informar é o melhor negócio

Depois de tanto ouvir que a empresa que traballha por anos no transporte da cidade cobra caro, decidi realizar uma pesquisa simples. E o curioso foi foi que uma passagem saindo de Corumbá para Campo Grande, com data de ida para amanhã, sexta-feira, dia 6, me custaria R$ 34,90 em ônibus convencional na empresa acusada de sempre cobrar caro.  Já a outra empresa de fretamento, que anda descumprindo com o que promete, me ofereceu uma passagem em um suposto ônibus leito por R$ 89,90.  Mais caro R$ 55 reais.

Aí você pensa que o valor a mais vale a pena pelo leito, mas aí eu relembro, que já são vários os relatos de quem comprou passagem para ônibus tipo leito pela tal empresa, e na hora teve que viajar no aperto sem a menor justificativa nem devolução de dinheiro. Além de toda falta de segurança já comentada nesse texto. Responsabilidade e compromisso com o consumidor é coisa séria.

Viajar assim, sem os mínimos critérios de segurança é loucura, basta pensar que não há economia que pague por sua vida. Quantas vezes assistimos notícias nos telejornais com ônibus que saem da pista e caem ribanceira abaixo. Muitas das vezes esses ônibus são clandestinos, outro problema ainda muito comum no Brasil. A certeza da impunidade baseada na falta de fiscalização dos órgãos competentes deixam os tais ônibus “piratas” livres nas estradas, sem pagar impostos, sem manutenção, sem conforto, sem treinamento aos motoristas, nem mesmo respeito ao limite de carga horária e sem a menor segurança a vida do passageiro.

Pense bem antes de trocar um serviço já conhecido e seguro por um mais barato. O barato pode sair muito caro.

 

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