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Sylma Lima

Atualizando...

Feriado de São João: estariam os mandatários corumbaenses nadando contra a correnteza do rio Paraguai?

26 junho 2025 - 10h29

Não há como negar, que a grande força da economia de Corumbá é o comércio, o mesmo que é o grande responsável pela maior parte de empregos gerados na região, apesar dos salários serem, absurdamente baixos.

Isso ocorre desde meados do século XX quando a hidrovia permitia amplas trocas de insumos e produtos entre os vizinhos países do Brasil e também com nações da Europa e Ásia.

Nas décadas dos anos 70 e 80, com a linha férrea plenamente funcionando até a vizinha Bolívia, era comum a negociação diária, de milhares de “duzenas” de calçados, roupas de cama&mesa&banho e gêneros alimentícios, além de milhares eletrodomésticos e insumos para a construção civil.

Nesses anos, várias “fortunas” surgiram cá por essas bandas!

Com a conclusão da BR 262, em meados dos anos 90, os “bolivianos” conheceram o caminho para a cidade de São Paulo, fazendo com que, as atividades comerciais da praça corumbaense entrassem em “banho maria” e as fortunas freassem seus surgimentos.

Durante os vinte primeiros anos do atual século, os empresários corumbaenses tiveram que se moldar as mentalidades dos paulistas, inclusive na modernização das lojas e treinamentos de seus colaboradores.

No período pandêmico, a população boliviana se viu impedida de deslocamentos para São Paulo e, Corumbá se aproveitou da situação, pois, aqui, se abastecia o vizinho pais da Bolívia.

Com o fim das barreiras sanitárias, os “hermanos” voltaram a trilhar o caminho da capital paulista.

Ocorre que, nesses últimos quatro anos, há uma crise política, econômica e governamental na Bolívia, o que deixa o comércio corumbaense entregue as moscas, visto que, pelo menos metade das vendas do comércio local é ou era com clientes bolivianos.

Também não se pode deixar de citar a atual condição econômica do Brasil, onde os clientes possuem baixo poder de compra e os empresários arcam com carga tributária de grande monta.

Atualizando, em momento tão crítico para a economia local, regional, nacional e internacional, no caso a Bolívia, o poder executivo municipal, juntamente com o poder legislativo, cria mais um feriado no calendário municipal – 24 junho “Dia de São João”, sendo que em nenhum momento, tais poderes se fizeram ouvir pelas entidades de classe, sindicatos, etc., quanto a essa mordaça implantada na Cidade Branca.

Fica a pergunta: Os mandatários corumbaenses não estariam nadando contra a correnteza do rio Paraguai, uma vez que a realidade da cidade, do estado e da nação brasileira, seria suprimir diversos feriados dos calendários em vigor?

Foto: ND+

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