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COLUNA

Entrelinhas

Sylma Lima

A vida não tá fácil

A ordem é: “Afaste-se dele porque vem bomba aí”. Sem cargo, sem emprego, com processos judiciais e sem perdão para traidores.

17 março 2025 - 13h21

Vida de político não é fácil!

Quando tem cargo, é 'bajulação' para todo lado, e o mandatário se acha o todo-poderoso, dizendo 'não' para muitos amigos e inimigos, e manejando o poder temporário.  É o “poder por recompensa”, um poder superficial e passageiro que só sobrevive por curto período e tudo é movido por interesses. Sorrisos e elogios neste tempo são meros devaneios ilusórios. E o problema é que tem político que acredita que esse poder é para todo o sempre. Um erro cognitivo fatal para sua carreira política. 

Com o fim do mandato, é recolher os cacos de vidros, cuidar também do telhado de vidro, das falsidades, etc.

Uma coisa é certa para o ex-detentor de mandato político, mormente no poder executivo, são os processos judiciais. Improbidade, dano ao erário, crimes contra a honra, justiça eleitoral, investigações policiais e o perigo da Polícia bater na porta na de casa, revirando tudo. É um medo constante. 

Após o reinado temporário, o político e amigo mais próximo agora correm atrás de telefones, corredores e assessores, tentando uma agenda com aliados na busca de cargos comissionados e ajuda nos processos judiciais, já que é o instinto de sobrevivência que manda neste momento. Se o indivíduo tem capital político, ainda é recebido e um pouco respeitado, fato este difícil em tempos atuais em que novas lideranças surgem a todo o momento. 

O informe é que o ex-chefe manda-chuva daqui da região pantaneira levou um grande "NÃO" e não consegue nem agendar conversa com a autoridade máxima do estado. A vida não está fácil para político sem prestígio e esquecido do mundo. E a coisa só está piorando, já que os processos de improbidades por rolo na cidade estão prestes à sentença final. 

Atribui-se a Lord Acton a frase: “o poder corrompe e o poder absoluto corrompe absolutamente”.  Manejar o poder por recompensa ao ter a caneta na mão é tema sensível, que se for exercido com soberba e prepotência terá um resultado devastador no futuro, ao ponto de arrependimento e pedido de desculpas, nem sempre serem aceitas no mundo político, mais racional e pragmático que descarta de imediato o ingrato.

A ordem é: “afaste-se dele porque vem bomba aí”.  Sem cargo, sem emprego, com processos judiciais e sem perdão para traidores. 

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