O julgamento do delegado Fernando de Araújo da Cruz, ocorrido nesta quarta-feira, 23 de junho, serviu para mostrar as aberrações do Judiciário. Durante depoimento desta jornalista afirmando que havia entrevistado uma das testemunhas do crime, em Puerto Quijarro, na Bolívia, o promotor quis desqualificar o trabalho jornalístico dando a entender que a jornalista mentia, “ninguém encontrou o motorista da ambulância. Só ela”. A ideia da promotoria era dizer que a profissional não tinha credibilidade apesar dos 30 anos de jornalismo em Corumbá. Desta forma decidimos publicar a foto de Silvio Monteiro com a jornalista Sylma Lima no hospital de Porto Suarez quando o mesmo foi entrevistado. Mostrando a fotografia porque o advogado deixou passar batido essa insinuação maldosa. Aliás, como todo o júri que esteve a todo momento propício a condenar Fernando Araújo.
O crime que estava em pauta era um homicídio, mas durante todo o tempo ficaram batendo na tecla de um suposto crime de violência doméstica, que aliás foi refutado pela mulher do delegado Silvia Aguilera Ibanez , que acabou sendo expulsa do plenário gritando em bom tom que a promotoria mentia e que sofreriam a justiça divina.
Outro Fato que chamou atenção foi a pena imputada a Fernando, 20 anos e nove meses de reclusão em regime fechado. Foi aplicado três agravantes para se chegar nessa punição. Isso lembra o caso da professora Sol que foi esquartejada pelo ex-marido, que confessou o crime, e pegou 20 anos. Diferente de Fernando que teria matado um narcotraficante com prisão em aberto na comarca de Santa Catarina por refino e tráfico de cocaína. Coisas da justiça.
Silvio Monteiro, na foto em entrevista para o site Capital do Pantanal, dirigia a ambulância no dia e momento em que o narcotraficnate Ganso foi alvejado no pedágio da rodovia Ramon Gomez.