Menu
quinta, 25 de abril de 2024
Governo - Fazer Bem Feito - Abril 24
Andorinha - Novos Ônibus - Agosto 2023
Geral

Sesi de MS cria reconhecimento facial para gestão da saúde e segurança

21 maio 2018 - 07h46Kamilla Marques

Na quarta reportagem da série especial sobre o Centro de Inovação – Sistemas de Gestão em Saúde e Segurança do Trabalho do Sesi de Mato Grosso do Sul, que será inaugurado pelo presidente da Fiems, Sérgio Longen, no dia 25 de maio, em Campo Grande, vamos apresentar mais uma solução inovadora desenvolvida pela equipe técnica – o software Gestão Analítica em SST que, utilizando o reconhecimento facial, vai aumentar a segurança no ambiente de trabalho e melhorar a saúde do trabalhador da indústria.

Imagine o seguinte cenário: em um supermercado, um grupo de funcionários é responsável por repor produtos congelados nos refrigeradores. Eles entram na câmara fria do estabelecimento várias vezes durante o expediente, um ambiente frio que exige uma série de cuidados, como intervalo para recuperação térmica e uso de equipamento de proteção individual adequado. Mas, como assegurar que cada um destes trabalhadores, sempre que adentram as câmaras frigoríficas e movimentam as mercadorias, estão usando adequadamente todos os EPIs cedidos pela empresa? Como controlar se todos cumpriam o tempo máximo de permanência orientado pelo empregador e preconizado na legislação?

Depois de identificar estas questões referentes à saúde do trabalhador, o Centro de Inovação do Sesi de Mato Grosso do Sul desenvolveu o software Gestão Analítica em SST. “Este foi um problema que identificamos nas indústrias com ambientes artificialmente climatizados, podendo ser tanto frio, como frigoríficos e câmaras frias, quanto em lugares quentes, como siderúrgicas e, por isso, pensamos em uma forma de resolvê-lo”, afirma a diretora de SST do Sesi, a médica do trabalho Adriana Rossignoli Sato. “Esta é justamente a missão do Centro de Inovação, desenvolver soluções e melhorar a gestão em SST nas empresas”, completa.

Software

Por meio de um programa de reconhecimento facial, o software do Centro de Inovação, associado a termostatos, permitirá a empresa ter acesso a uma série de informações para fazer a gestão correta da saúde e segurança do trabalhador. “O empregador saberá quem entrou na câmara fria, que horas entrou, quanto tempo permaneceu ali, qual a temperatura ambiente no momento de permanência, quais equipamentos de proteção o trabalhador usava ao entrar”, explica o engenheiro da computação do Centro de Inovação, Whesley Damião da Silva Duarte, que lidera o projeto Gestão Analítica em SST.

Além destas informações, o software tem as seguintes funções para as indústrias:

-Identificar a utilização de EPIs;

-Identificação e acesso a áreas de risco de acordo com as qualificações profissionais e permissões, prevenindo possíveis desvios de função;

-Gerenciar pausas obrigatórias para atividades em ambientes artificialmente climatizados para recuperação psicofisiológica;

-Gerenciar fatores de risco (ruído, temperatura, fumaça, gases tóxicos, etc.) monitorando quantidade e tempo de exposição;

-Identificar incidentes, acidentes, ou situações de emergência que possam afetar tanto os trabalhadores quanto o processo produtivo.

O Centro de Inovação

As pesquisas do Centro de Inovação são realizadas em Campo Grande para atender a indústria nacional desde 2016 e, a partir do dia 25, ganhará um ambiente propício para disponibiliza-las à indústria de todo o País. O espaço, localizado na Avenida Afonso, entre as ruas 13 de junho e 25 de dezembro, conta com um projeto arquitetônico arrojado, que faz jus ao propósito inovador do centro.

Com 1,2 mil m² de área construída, e estrutura é distribuída em três pavimentos, e conta com dois consultórios, dois auditórios, duas salas de treinamento, uma sala de operação com 22 postos de trabalho, uma sala de inovação com 13 postos de trabalho, uma sala de gerência, uma sala de coordenador, uma sala com seis postos de trabalho e estacionamento para 18 vagas, duas para deficientes e duas para idosos. O espaço recebeu investimentos de R$ 7 milhões, entre edificação do espaço e aquisição de mobiliário.

O centro faz parte de um projeto nacional do Sesi para aumentar a segurança no ambiente de trabalho e melhorar a saúde do trabalhador da indústria por meio de soluções inovadoras. Ao todo, foram criados oitos centros de inovação, todos voltados a desenvolver pesquisa aplicada e soluções em SST para que sejam replicadas por toda a indústria brasileira, tratando de temas estratégicos - Prevenção da Incapacidade (Bahia), Economia para a Saúde e Segurança (Ceará), Ergonomia (Minas Gerais), Longevidade e Produtividade (Paraná), Higiene Ocupacional (Rio de Janeiro), Fatores Psicossociais (Rio Grande do Sul) e Tecnologias para Saúde (Santa Catarina).

Deixe seu Comentário

Leia Também

Em Miranda
Homem é preso por pesca sem licença e uso de petrechos proibidos
Administração
Taxa de Atividade de Ambulante, Eventual e Feirante pode ser parcelada em 3 vezes
Flagrante
Brasileiro é preso com 4kg de Skunk em ônibus que seguia para Campo Grande
Pesquisa
Uma em dez famílias enfrenta insegurança alimentar moderada ou grave
Incentivo
Prefeito entrega uniformes escolares e esportivos para alunos da Rede Municipal de Ensino
No Cristo Redentor
Marido agressor morre em confronto com a Força Tática
Homem teria sacado arma para policiais que revidaram a ameaça com disparos
Na ALEMS
Projeto de Lei obriga planos de saúde justificarem negativa de cobertura
PF
Agendamento on-line para emissão de passaporte volta a funcionar
Terenos
Motociclista ultrapassa carreta e morre em colisão na BR 262
Meio Ambiente
Edital anuncia R$ 10 milhões para instituição atuar na preservação do Rio Taquari

Mais Lidas

Convênio
Riedel recebe novo comandante do 6º Distrito Naval de Ladário e renova parcerias com a Marinha
Oficial
Prefeitura divulga gabaritos do concurso público; prazo para recursos abre dia 24
Esclarecimento
Ladário diz que advogada só recebe os 12 milhões se ganhar a causa
Estados Unidos
Em Nova Iorque, presidente do IHP fortalece a conservação do Pantanal como necessidade mundial