Menu
sexta, 19 de abril de 2024
Andorinha - Novos ônibus - agosto 2023
Andorinha - Novos Ônibus - Agosto 2023
Geral

Semana de Ciência e Tecnologia discute importância da matemática no cotidiano

23 outubro 2017 - 10h54Agência Brasil

Começa hoje (23) a Semana Nacional de Ciência e Tecnologia (SNCT). Até domingo (29) governos, escolas, universidades, centros de pesquisa, empresas e organizações da sociedade civil vão promover eventos em todo o país com a finalidade de chamar a atenção dos brasileiros para a importância da produção científica em várias áreas, da educação à economia.

A expectativa do Ministério de Ciência, Tecnologia, Inovações e Comunicações (MCTIC) é de que haja 100 mil atividades, de cerca de 2 mil instituições e mais de mil cidades. Até o momento, 23 estados e o Distrito Federal já informaram que vão participar da semana. Apenas o Acre, Alagoas e o Piauí não devem promover eventos. Os estados com o maior número de atividades cadastradas são Minas Gerais, o Rio de Janeiro, São Paulo e Roraima. A programação está disponível no site oficial do evento.

Segundo Sonia Costa, coordenadora da semana e diretora do MCTIC, o objetivo da iniciativa é aproximar a produção científica e tecnológica dos estudantes. “A semana contribui para cultivar a prática interativa de nossos acadêmicos e cientistas com a educação básica. Não existe a cultura dos nossos cientistas de divulgar o conhecimento. Trabalhos acadêmicos são finalizados e nós leigos não conseguimos ter a compreensão da importância daquilo”, avalia Costa.

Matemática

Esse esforço de popularização vai ter como foco um assunto considerado difícil por muitos estudantes. O tema da edição deste ano é “A matemática está em tudo”. Na avaliação educacional internacional Pisa, o desempenho de estudantes na disciplina foi o pior entre as habilidades analisadas (também são medidos o conhecimento em ciências e a capacidade de leitura). Na última edição, em 2015, a nota do país em matemática foi 377, menor do que na edição anterior, em 2012, quando chegou a 389. No ranking mundial dessa disciplina a partir da Pisa 2015, o Brasil ficou em 66º lugar.

O intuito da SNCT é mostrar como a matemática faz parte do cotidiano das pessoas. Na economia, diversas operações financeiras dependem de modelos e equações. Quando uma pessoa pede um empréstimo, boa parte das instituições financeiras usa cálculos sofisticados para a chamada análise de risco. O mesmo vale para a compra de ações por instituições financeiras ou fundos de investimento.

Outro exemplo é o setor petrolífero. Companhias como a Petrobras furam poços em grande profundidade. Essa atividade envolve uma série de riscos, desde a fixação dos instrumentos que fazem o poço até o ato de extrair o petróleo de modo a evitar vazamentos e acidentes ambientais. “Em todas essas etapas a matemática está envolvida. Isso exige a resolução de equações muito complicadas. Matemáticos desenvolvem maneiras de simular essas ações no computador”, explica Roberto Imbuzeiro, professor e pesquisador do Instituto de Matemática Pura e Aplicada (Impa).

Os cálculos e equações são a base para os computadores e todas as atividades feitas de maneira informatizada. A coleta e o processamento de dados em larga escala, chamados de “Big Data”, e o uso de algoritmos e de inteligência artificial também envolvem modelos matemáticos complexos que definem as informações que serão consideradas e a correlação entre elas. Esses recursos vão além apenas da área de tecnologias da informação e estão se espalhando cada vez mais por setores da economia. Segundo relatório da consultoria Frost e Sullivan divulgado neste ano, o mercado do chamado "Big Data" movimentou em 2016 R$ 3,5 bilhões no Brasil.

Fernando Senna, estudante, 17 anos, medalha de ouro na Olimpíada Latino Americana de Astronomia e Astronáutica, ocorrida no Chile neste ano, conta que a matemática o faz perceber como o mundo funciona. “O nosso universo depende de leis que são expressas matematicamente e eu acho incrível como podemos conhecer coisas que estão a anos luz de distância e ver como tudo isso funciona”, afirma.

Mudanças na educação

Na avaliação de Jhames Matos Sampaio, matemático e professor do Instituto de Ciências Exatas da Universidade de Brasília, a alta carga de conteúdos contribui para alimentar a resistência de muitos alunos em relação à matemática. Para mudar esse quadro, seria preciso investir em um tratamento mais lúdico dos assuntos. “As pessoas enxergam a matemática como uma punição, ou algo muito difícil. O aluno de ensino médio poderia ver menos conceitos para poder trabalhar mais a prática”, defende Sampaio.

 

Deixe seu Comentário

Leia Também

Economia
Rendimento domiciliar do brasileiro chegou a R$ 1.848 em 2023
Turismo
Bonito Convention realiza sua primeira assembleia presencial após pandemia
Oportunidade
Com mais de 13 mil inscritos; concurso público da Prefeitura tem provas no domingo, dia 21
Saúde
Governo de MS cria comitê de saúde para monitorar doenças infecciosas
Turismo
Profissionais do Nordeste do Brasil recebem capacitação sobre destinos turísticos de MS
Destaque
Mato Grosso do Sul é o 2º estado brasileiro com melhor taxa de investimentos
Procupação
Prorrogações pela Covid fez acumular mais de 68 mil processos de CNH no Detran de MS
Dia dos Povos Indígenas
Conheça a trajetória de Fernando, 1º promotor de Justiça sul-mato-grossense de origem indígena
Tempo
Sexta-feira de tempo ensolarado e temperaturas amenas em Mato Grosso do Sul
Corumbá tem mínima de 15°C e máxima de 36°C
4ª convocação
Atleta corumbaense disputa Pan-Americano de Basquete Máster no México

Mais Lidas

4ª convocação
Atleta corumbaense disputa Pan-Americano de Basquete Máster no México
Prata da Casa
Campanha arrecada doações para estudante competir em provas de atletismo na Capital
Em ônibus
Cão farejador identifica mala abandonada com 25,5 Kg de pasta base de cocaína
Plantão
Moradores do Centro América acionam os Bombeiros para conter Pitbull agressivo