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COLUNA

Entrelinhas

Sylma Lima

Pílula da vida

16 fevereiro 2016 - 13h04
Avanço

Foi publicada na Revista Isto é matéria sobre a polêmica pílula contra o câncer desenvolvida no Brasil. O texto vêm na revista datada de 15 de fevereiro, ou seja, ontem, segunda-feira. No texto o jornalista cita que durante a passagem que fez por Fortaleza, no sábado, 13, onde participou da campanha contra o Aedes aegypti, o ministro da Justiça, José Eduardo Cardozo, assinou um abaixo-assinado que pede a liberação da fosfoetanolamina, a polêmica substância usada no tratamento do câncer. A coleta de assinaturas foi feita em Fortaleza por familiares e amigos de pacientes com câncer.

Na mesma matéria consta que o  governador do Ceará, Camilo Santana (PT), também assinou, assim como o secretário da Justiça do Ceará, Hélio Leitão.

"Assumimos todos os prováveis e possíveis efeitos colaterais e danos à saúde advindos desse composto, pois ao menos estaremos vivos para experimentá-lo", diz o panfleto distribuído pelo grupo.

A droga, produzida pela USP, nunca foi clinicamente testada como medicamento, mas ganhou repercussão no tratamento de pacientes com câncer em estado terminal depois de ser distribuída sem autorização por um professor do Instituto de Química de São Carlos, que desenvolveu e patenteou a fórmula.

 

Ações na Justiça

Somente nas mãos de uma juíza de São Carlos, local onde foi desenvolvida a formula, existem mais de mil liminares pedindo deferimento para liberação da droga para pacientes terminais. Segundo matéria veiculada em rede nacional de televisão, o jurídico da Universidade de São Carlos está travado diante de tantos pedidos do medicamente, hoje, a única esperança de cura para quem está desenganado.

 

[caption id="attachment_511614" align="alignleft" width="300"]Alexandre Orro já entrou com quatro pedidos na na comarca de São Carlos (SP). Foto: Sylma Lima Alexandre Orro já entrou com quatro pedidos na na comarca de São Carlos (SP). Foto: Sylma Lima[/caption]

Pressão

O advogado corumbaense Alexandre Orro já entrou com quatro pedidos de liberação de medicamento na mesma comarca de São Carlos, sendo que um deles é para sua mãe, Rosa Mavignier, desenganada com câncer de mama, após dezenas de sessões de quimioterapia. Alexandre vê na decisão do ministro Cardozo um avanço para o Brasil, pois segundo ele, não há outra saída. “E ainda que em fase experimental já representa um progresso”. Várias atrizes em fase terminal desabafaram em redes sociais no sentido de mobilizar o Brasil, “dessa vez não há como escapar, eles vão ter que liberar”, disse o advogado corumbaense que aguarda o parecer da liminar impetrado há 20 dias.

 

Cobaias

Caso seja liberado em fase experimental, o paciente que já não tiver mais opção após a quimioterapia poderá ter o medicamento prescrito pelo médico. O paciente, por sua vez,  deverá assinar termo de responsabilidade para adquirir a dose, mas para quem já não tem outra opção a não ser esperar a morte, essa decisão, pode representar a cura e salvar milhares de vidas. Só para se ter noção, um medicamento para ser liberado no Brasil , demora em torno de seis a sete anos em fase experimental, e depende do resultado e da eficácia, mas há pesquisas que apontam que a “fosfo” como é chamada, cura mesmo. Entretanto, a indústria da morte, como são chamados os laboratórios de quimioterapia sofrerão um duro golpe. E ninguém quer perder esse filão.

 

 

 

 

 

 

 

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