Era uma vez um homem, trabalhador rural, que cedeu suas terras ao município por 30 anos para construir uma escola para as crianças de sua comunidade. No local, ele carpiu, desmatou, cercou e fez um puxado, de telhas de zinco com cadeiras e quadro negro. Era o suficiente para as crianças de uma comunidade tão distante serem alfabetizadas.
Esse homem trabalhava de sol a sol e sua mulher mesmo criando seus filhos, fazia merenda para os alunos dessa escolinha. Esse homem, hoje com mais de 80 anos, não recebeu sequer um obrigado do município pelos 30 anos de dedicação.
Escolheram um local mais ‘adequado’ para a escola. Deprimido vendeu suas terras a preço de banana para um aproveitador e veio morar na cidade. Hoje, com seu salário de aposentado mal dá para comprar os remédios. Eu vi suas mãos calejadas, pele enrugada e os olhos encherem de lágrimas…choramos juntos.
Fonte: Gesiane Medeiros