A manhã de hoje, sexta-feira, 27 de março, em Campo Grande foi marcada por uma manifestação com ônibus de várias empresas de turismo, bem como do ônibus de fretamento que está fazendo a linha Corumbá / Campo Grande. A manifestação teve o objetivo de sensibilizar o governo do estado a fazer uma nova portaria determinando a liberação do transporte intermunicipal.
O que chama atenção, é que a mesma empresa de fretamento, que tem como representante de seus interesses, um vereador na Câmara Municipal de Corumbá, era o que tinha mais coletivos na carreata. Logo que anunciaram a Pandemia do coronavírus esse mesmo vereador, motivado por interesses eleitoreiros, usou a tribuna da Câmara para pedir às autoridades que paralisasem todas as atividades ligadas a entrada e saída de passageiros em Corumbá, se esquecendo que o município faz fronteira com a Bolívia cuja medida fora adotada pelo governo do país vizinho, sem contudo que autoridades brasileiras pudessem fazer qualquer coisa no sentido de coibir a entrada de pessoas portadoras do vírus, vindo do outro lado da Fronteira.
Após o pronunciamento do presidente da república, Jair Bolsonaro, orientando aos micros e pequenos empresários que voltassem as atividades, já prevendo um grande colapso na economia brasileira, estes ficaram apreensivos com a possível situação que enfrentariam nos próximos meses com a falta de geração de renda e consequente demissões trabalhistas por conta da crise.
Estranho, é que as autoridades atenderam os pedidos isolando Corumbá e impedindo que ônibus fizesse o transporte normal de passageiros entre Corumbá e a Capital do estado. Agora que perceberam que deram um tiro nos pés, os próprios “empresários” que atuam no ramo do fretamento, que levantaram a bandeira da paralisação das atividades, foram os primeiros a pedir arrego. Pois, são os que não tem condições de manter por mais de dois meses sem decretar falência. Quanta hipocrisia!!